A luta pela sobrevivência não é apenas das pessoas, mas também do meio ambiente. Principalmente das árvores de nossas cidades. Parece até piegas falar sobre o assunto, mas a situação está ficando a cada ano mais delicada. Tanto é que a Rio+20, que reuniu líderes de vários países de 13 e 22 de junho, na cidade do Rio de Janeiro, com intuito de discutir projetos ambientais, ainda deixa muitas lacunas quanto à criação de propostas mais efetivas quanto à sua ordem prática.
De forma alguma sou contra o progresso. Muito pelo contrário. Sou a favor, sim, desde que ele caminhe lado a lado com a sustentabilidade do entorno e com a criação de ações que satisfaçam ambas as partes envolvidas: o desenvolvimento e o meio ambiente. É possível e viável que isso aconteça? Claro que sim! Basta um pouco mais de atenção para o assunto. Tanto é que muitas empresas e até órgãos públicos já trabalham a questão na hora de desenvolver novos projetos e até mesmo ao realizar adequações estruturais. Mas ainda há muito a ser feito.
Independente do Estado, em bairros onde a conscientização e a preservação são levadas mais a sério, é fácil diagnosticar a melhora não só com relação à beleza do entorno, mas principalmente quanto ao clima. Em dias de calor mais intenso, as árvores criam uma barreira protetora, deixando o ar mais puro, mais úmido, se assim posso definir. A sensação é maravilhosa.
Mas infelizmente este cenário está se tornando um privilégio de poucos locais. Em contra-partida, o que mais se vê nas cidades são ruas sem nenhuma arborização ou com árvores e canteiros verdes “agonizando” em busca da sobrevivência. Sorte das mudas mais fortes que conseguem vencer as intempéries do meio em que foram plantadas. Sem falar na agressão por parte de algumas pessoas que deveriam ajudar na sua conservação e preservação.
O poder público enfatiza que realiza ações para preservar as árvores e os espaços verdes, mas só vejo em ação equipes de poda, corte de mato e, o que é mais triste, de retirada de árvores centenárias. O motivo? De acordo com os técnicos designados para os serviços zeladoria do meio ambiente, isso só acontece quando elas estão comprometidas devido à ação do tempo e de cupins. Mas e o tratamento para prolongar a sua sobrevivência?
Enfim, o cuidado com as áreas verdes deve ser permanente. Enquanto isso não acontecer, teremos que presenciar canteiros quebrados, árvores com galhos secos, espaços verdes sem grama, flores ou outras mudas de plantas que ajudariam a deixar as ruas mais bonitas e ecologicamente corretas. Quem sairia ganhando? Todos, sem exceção.