Moradores da Rua Antonio Macedo, no Parque São Jorge, estão preocupados com a possível implantação do Serviço de República para Homens em Situação de Rua em dois imóveis que estariam alugados nos números 326 e 318. Para tentar frear a intenção da Prefeitura, houve uma mobilização que resultou em um abaixo-assinado com mais de 200 assinaturas.
DESCONFORTO
Segundo eles, por se tratar de uma área estritamente residencial, a movimentação dos homens durante todo o dia, ou mesmo a possibilidade deles aguardarem vagas deitados nas calçadas, poderia gerar desconforto aos moradores de rua, a vizinhos e comerciantes locais. Além disso, não houve diálogo e todo o entorno seria desvalorizado, prejudicando aqueles que tentassem comercializar suas casas ou apartamentos.
LOCAÇÃO
De acordo com a moradora Maria Aparecida Sanches, que também é síndica do Edifício Beyruti, há informações de que os imóveis já teriam sido locados por R$ 10 mil mensais e haviam sido publicados dois editais para contratação de uma ONG que ficaria responsável pela administração das casas.
SERVIÇOS
A moradora Solange Roseli de Souza afirmou que na primeira publicação a Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (SMADS) havia determinado a criação de alojamentos para 30 homens nas casas. Depois, na segunda, a SMADS teria reduzido o número para 15 homens. Ela revelou também que a secretaria estaria adiando a prestação dos serviços por conta de nenhuma ONG ter aceitado manter as instituições.
ALTERNATIVAS
Aparecida ressaltou não ser contra a administração municipal dar abrigo a essas pessoas, no entanto, os imóveis são pequenos e só possuem dois banheiros. Diante desta e das outras circunstâncias já citadas, ela questiona porque a Prefeitura não procurou imóveis maiores e distantes de áreas residenciais? “O Parque São Jorge precisa de postos de saúde e creches. Sabendo disso, a Prefeitura deveria utilizar essas casas, já alugadas, para esses atendimentos”, sugeriu.
O OUTRO LADO
Conforme a assessoria da SMADS, quanto às informações e questionamentos apresentados pelos moradores da região, a informação oficial é a de que os imóveis ainda não foram locados. Contudo, está prevista, para os próximos meses, a implantação de duas Repúblicas para atender até 15 homens em cada um dos endereços citados.
República é completamente diferente de abrigo. Trata-se justamente de acolhimento em modelo residencial, em que as pessoas assumem responsabilidades, recebem supervisão da Assistência Social e não ficam “deitadas na calçada esperando para entrar”, porque tem chave da porta! Não é um centro de acolhida…
Bairro residencial não é local para se implantar um abrigo desse tipo. Que absurdo