Murilo Fonseca Roque, de 51 anos, é o novo delegado titular do 30º DP – Tatuapé. Natural de Barretos e morador da Mooca, ele está na polícia desde 1995. Seu início de carreira se deu no Itaim Paulista, como plantonista, cargo que exerceu por oito anos em várias delegacias.
INVESTIGAÇÕES GERAIS
Já em 2003, assumiu a titularidade do Setor de Investigações Gerais (SIG) da 7ª Delegacia – Seccional Itaquera, onde ficou até janeiro de 2011. Após a experiência adquirida na região Leste, Roque seguiu para Diadema, acompanhando o delegado seccional Godofredo Bittencourt.
MEIO AMBIENTE E NÚCLEO CORREGEDOR
Durante o período em que ficou na região do ABC, até 2018, o mooquense atuou no SIG, no Departamento de Meio Ambiente e no Núcleo Corregedor. No ano seguinte, Roque voltou para a capital, sendo delegado titular no 103º DP – Conjunto José Bonifácio. De lá, o delegado seguiu para o 96º DP – Brooklin e, por fim, o 27º DP – Campo Belo, no qual ficou por dois anos como titular.
ESPECIALIZAÇÕES
Agora, para o 30º DP, o delegado traz não só toda a sua experiência operacional e de comando, como suas especializações em Processo e Direito Penal, Direito Processual Penal, Direito Ambiental e mestrado em Direito Penal pela Unimes (Universidade Metropolitana de Santos).
RAIO X DA REGIÃO
De acordo com o titular do Tatuapé, que passou a ocupar o cargo na última terça-feira, dia 23, seus investigadores conseguiram fazer um raio x da área. Nesse sentido, Roque descobriu que a maioria dos registros de boletins de ocorrência está voltada para os furtos de veículos e de estabelecimentos comerciais. “Ao detectarmos essa característica, percebemos que grande parte de nossos esforços estará direcionada a esses crimes. Porém, isso não quer dizer que as outras demandas terão menos importância. A questão é atender os casos por escala de urgência e, dessa forma, conseguir ter um alcance abrangente”, explicou.
FURTOS DE CARROS E A COMÉRCIOS
Diante dos furtos, o delegado notou duas características. A primeira é que muitos motoristas ainda costumam estacionar seus veículos na rua por várias horas. E a segunda está relacionada ao fato dos carros não serem dotados de tecnologias avançadas, facilitando a ação dos bandidos. “Quando os ataques são direcionados a automóveis novos, os registros são de roubos, pois o ladrão armado surpreende a vítima e leva o bem. Isso acontece porque quando o carro está parado, há tanta segurança agregada ao sistema de abertura de portas e ignição do motor, que o suspeito desiste do furto”, completou Roque.
VÁRIAS FRENTES DE TRABALHO
Sobre a análise dos primeiros casos, o delegado afirmou que terá frentes voltadas à identificação dos criminosos e averiguação da região de onde são, além de equipes apontadas aos receptadores. “A empresa que se presta ao serviço de vender peças de procedência duvidosa está sendo cúmplice. Da mesma maneira, podemos chamar o cliente que alimenta o comércio ilegal de coautor”, identificou. Para o titular, o consumidor tem de fazer a sua parte, exigindo nota fiscal e peças numeradas.