A calçada que dá acesso ao Ambulatório de Especialidades Doutor Ítalo Domingos Le Vocci, situado na Rua Marina Crespi, 91, na Mooca, continua a ser alvo de questionamentos dos moradores pela falta de manutenção. Por ser uma unidade de saúde e receber várias pessoas no horário de funcionamento, a degradação do acesso ao local coloca em risco a segurança dos pacientes.
Há um ano, a moradora Vera Lucia Volpato continua a solicitar providências para que a calçada do ambulatório seja consertada. “Gostaria que o subprefeito da Mooca andasse pelas ruas, para verificar os buracos nas vias e nas calçadas. Onde foi parar a lei das calçadas? Porque só alguns contribuintes tiveram prazos para consertá-las”, disse.
Vera também indaga que o problema pode ser simples de ser solucionado, mas os acidentes que podem ser causados não. “Como fica a situação das pessoas que sofrem quedas devido a má conservação das calçadas? Quem paga a conta dos curativos e hospitalizações?”, questionou.
SEM OBRAS
A Gazeta publicou na edição de 31 de março desse ano sobre o local degradado. Na época, a Coordenadoria Regional de Saúde havia relatado que em setembro de 2012 a reforma da calçada tinha sido aprovada e estava aguardando a execução pela Subprefeitura Mooca. Porém, até hoje as obras não foram iniciadas. Questionada sobre quando será feita a reforma, a subprefeitura por meio da assessoria de comunicação respondeu que “a calçada é do ambulatório, portanto é de responsabilidade da Secretaria Municipal de Saúde e que a solicitação seria encaminhada para lá”. Já a Secretaria de Saúde respondeu “que o processo para regularização do calçamento encontra-se na supervisão técnica da Subprefeitura Mooca e que a obra será executada em poucos dias”.
DEMORA
Além da falta de acessibilidade do ambulatório de especialidades, a espera por atendimento também é um problema. O equipamento realiza exames de raio x, vacinações e consultas para atendimentos em ortopedia, cardiologia, geriatria, psiquiatria, neurologia, nefrologia e oftalmologia. Mas para se consultar em alguma dessas especialidades o paciente deve primeiro agendar a consulta na clínica geral de uma Unidade Básica de Saúde (UBS), no caso a que atende a região é a UBS Mooca I, situada na Rua Taquari, para posteriormente ser encaminhado para o ambulatório de especialidades, conforme apurou a reportagem. O agendamento da primeira consulta na UBS Mooca I demora cerca de dois meses, pois depende da lista de espera e do fluxo das demandas da unidade, assim como a marcação de consultas específicas no ambulatório Ítalo Domingos Le Vocci, que são agendadas na UBS. Uma moradora do bairro disse que tentou marcar consulta para passar com ginecologista na UBS Mooca I em junho e apenas conseguiu vaga para agosto. “E se fosse algo mais grave? Teria que arcar com o custo para poder me tratar decentemente”, desabafou.
REDE HORA CERTA
Uma das metas para o plano de governo do prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, é a implantação dos hospitais conveniados com a Rede Hora Certa, equipamento integrado à rede de saúde, com o objetivo de centralizar em um mesmo local as consultas, exames e realização de pequenas intervenções cirúrgicas, agilizando o processo de atendimento ao cidadão. A meta do governo para esse ano é que pelo menos 5 unidades sejam instaladas na cidade. A assessoria de imprensa da Secretaria Municipal de Saúde respondendo a solicitação enviada pela reportagem disse que “está ciente da necessidade de ampliar a assistência no Ambulatório de Especialidades Doutor Ítalo Domingos Le Vocci e UBS Mooca I. Em nota, informaram que “há propostas de ações que estão em estudo e planejamento visando melhorias no atendimento à população da região”, ressaltando que os equipamentos atendem 40 mil usuários a mais do que a capacidade. Porém não especificou até o fechamento dessa edição se a região será contemplada com o Rede Hora Certa para mais qualidade na saúde dos moradores de São Paulo.