O módulo metálico que caiu no prédio leste da Arena Corinthians foi retirado na última quinta-feira, dia 30. De acordo com a Odebrecht Infraestrutura, a “operação começou na manhã de quinta e foi finalizada no período da tarde, incluindo o içamento, a movimentação e a colocação da peça no solo, em área previamente demarcada”. Também foi divulgado o início dos trabalhos de reparação e acabamento da área atingida. O guindaste foi removido do local do acidente na segunda semana de janeiro.
CAIXA-PRETA
Também na semana passada, no dia 29, através de uma nota oficial, a construtora tornou público que ficou sabendo, por intermédio de comunicado recebido do Ministério do Trabalho e Emprego, no dia 27 de janeiro, que a empresa Liebherr (fabricante do guindaste LR 11350 que tombou), relatou ao órgão que a caixa-preta do equipamento não teria armazenado registros do dia do acidente.
“Ressalte-se que o dispositivo deveria registrar todas as etapas da operação, tendo sido retirado por técnicos do próprio fabricante e levado à Alemanha no início de dezembro passado, justamente para se fazer a leitura dos dados de operação e funcionamento do guindaste. Causa-nos profunda estranheza e perplexidade essa alegação, uma vez que tais registros poderiam esclarecer se houve eventual erro humano, e/ou eventual falha do equipamento e/ou eventual anomalia no comportamento do solo naquela operação de içamento da última peça da cobertura do estádio”, pronunciou a Odebrecht Infraestrutura, responsável pela construção do estádio que irá sediar a abertura da Copa do Mundo, no próximo dia 12 de junho.
O acidente aconteceu no dia 27 de novembro de 2013 e vitimou dois trabalhadores: Fábio Luiz Pereira, 42, motorista/operador de Munck da empresa BHM; e Ronaldo Oliveira dos Santos, 44 anos, montador da empresa Conecta.
EXPLICAÇÕES
A Odebrecht finalizou o comunicado dizendo que “espera, assim, que o fabricante venha a público prestar esclarecimentos técnicos a respeito do ocorrido, bem como dar a devida satisfação às famílias das vítimas, à sociedade brasileira e às autoridades que investigam o acidente.”
REDE ELÉTRICA
Executada pela Odebrecht Infraestrutura, a cabine primária de medição definitiva da Arena Corinthians, montada no interior do terreno do novo estádio, foi energizada no último dia 31 pela AES Eletropaulo.
Com investimento de cerca de R$ 12 milhões, o estádio será abastecido por dois circuitos de distribuição com 13.800 Volts e 12,6 km de extensão, sendo parte desse total subterrâneo ao se aproximar do estádio. Cada circuito será alimentado por subestações diferentes que contam com trajetos distintos.
De acordo com a concessionária, a obra também contempla, no trecho aéreo, o uso da rede compacta, que consiste em um sistema mais resistente aos fatores externos, como interferência de galhos na rede. No total, o projeto reuniu 336 postes instalados e 37,8 km de fios de energia.
Ainda de acordo com a Odebrecht, também já foi ligada a rede de água pela Sabesp. O próximo passo será o sistema de esgoto (interligação), que já está em fase de conclusão e deve começar a operar a partir da próxima semana.