São Paulo – O uso das redes sociais pelos ativistas é de grande importância para divulgar a mensagem a maior quantidade de internautas. Além disso, pessoas comuns também possuem o poder de influência em massa, na opinião de Rahaf Harfoush, estrategista em mídias digitais.
Em março de 2009, a especialista fez parte da campanha eleitoral de Barack Obama, presidente dos Estados Unidos, e afirma que a interação vai além do mundo virtual quando é bem planejada. “Cada contribuição leva luz a um acontecimento. Não basta postar links no Facebook. Os participantes, e principalmente os ativistas, organizam protestos e correm risco de morte”, reflete.
Ainda de acordo com Rahaf, as pessoas possuem interesse em assuntos governamentais, especialmente sobre os governos fechados. “Há exemplos de projetos de transparência como os sites e aplicativos que usam os dados compartilhados para criar índice de criminalidade por região e gerenciamento do dinheiro público”, diz.
Rahaf também comentou sobre os pedidos de remoção de conteúdos feitos ao Google e afirma que este é um exemplo que os governantes prestam atenção aos comentários divulgados na web. “Ao permanecer mais tempo online, o governo também aumenta a atenção dedicada ao conteúdo publicado”, diz.
O Google liberou recentemente a lista com os países que pedem a exclusão de links dos resultados do buscador. Os Estados Unidos lideram a lista com 6.321 pedidos. A Índia ocupa a segunda posição com cerca de dois mil pedidos. Já o Brasil está em terceiro lugar com 1.615 solicitações.
Rahaf participou de uma palestra durante a 22ª edição do Ciab Febraban, evento com enfoque nas tecnologias usadas pelo setor financeiro.