Na semana passada, a vice-presidente do Conseg do Parque São Jorge, Cristiane Casseb, denunciou a presença de vendedores ambulantes de bilhetes de Metrô dentro da plataforma, em frente à bilheteria da estação Tatuapé. Segundo ela, grupos traziam blocos de bilhetes e entregavam a jovens que ficavam oferecendo aos passageiros. Além disso, próximo à saída que dá acesso à Avenida Radial Leste, camelôs praticamente fechavam a passarela, inclusive um deles tinha um carrinho de água de coco.
SEGURANÇA
Ela afirmou, também, ter relatado o fato a dois agentes de segurança que estavam próximos à saída oposta, sentido Avenida Celso Garcia. No entanto, eles ressaltaram, a princípio, ter ordens do supervisor da estação para não saírem do local onde estavam. Depois de alguns minutos, os dois resolveram verificar o que estava ocorrendo. Cristiane revelou que só o fato deles caminharem na direção dos camelôs já gerou uma grande dispersão. “Após a passarela ficar livre, os agentes retornaram ao posto e pediram que o Conseg os ajudasse junto ao Metrô para conseguir aumentar o efetivo. Conforme os funcionários, só dois não conseguiam dar conta de cobrir toda a passagem”, completou.
Diante dos fatos, a reportagem desta Gazeta questionou o Metrô se eles tinham conhecimento da venda irregular de bilhetes e se estavam agindo para combater. Também foi perguntado o que a Companhia do Metropolitano sabia sobre os jovens parados em frente à bilheteria e se alguém havia sido preso. Por fim, a redação quis saber se realmente faltava efetivo e quando a situação seria resolvida.
O OUTRO LADO
A Companhia do Metrô informou que a venda dos bilhetes “Edmonson” (em papel) dentro de suas dependências não é autorizada a terceiros. A assessoria do órgão revelou, ainda, que para coibir o comércio irregular, inclusive de bilhetes, entre outras atividades, mais de 1.100 agentes de segurança realizam rondas constantes em todas as estações e trens.
A Companhia recomendou, para a segurança dos usuários, que a compra dos bilhetes seja feita unicamente nas bilheterias das suas estações e a recarga de “Bilhete Único” nas cabines de atendimento das estações ou em um dos mais de 10 mil postos credenciados pela SPTrans.
Conforme o órgão, as bilheterias das estações operam de acordo com a demanda de usuários, observando uma média de tempo de atendimento. A Companhia adotou uma série de medidas para facilitar a compra e a recarga de bilhetes e créditos em suas estações, entre as quais, a ampliação da quantidade de bilheterias abertas para a venda do bilhete nos horários de pico.