A reportagem acompanhou o trabalho de alguns feirantes na quinta e na sexta, para avaliar a situação de alguns produtos durante a paralisação dos caminhoneiros, que afetou vários setores de reabastecimento da cidade.
Claudio Ferreira Fojo vende frutas às quintas, na feira da Rua Platina, bem pertinho do Metrô Carrão, e às sextas, na feira da Rua Antonio Camardo. Pra ele, foi mais complicado abastecer no Ceagesp na segunda, situação esta que foi mudando no decorrer da semana.
“Ainda não há aquela fartura que costumamos encontrar, mas as feiras estão abastecidas de certa forma. Os preços das frutas, da parte cítrica, estão normais. Agora, o que não tem é mamão papaia e mamão formosa. Não só pela greve, mas nenhuma destas qualidades gosta de frio. Então esta fruta realmente fica cara agora. O mesmo acontece com o limão. Por causa do frio, ele queima muito e fica caro. Mas com relação à laranja, mexerica, maçã, pera, morango, uva, que são frutas que trabalho, os clientes estão encontrando normalmente”, comentou o feirante que carregou o caminhão na quarta e depois na sexta, para as feiras de sábado e domingo.
Ainda na quinta, na banca de verduras do Zé, ele mesmo avaliou a situação como normal com relação aos preços. “Quem pega direto pelo produtor, que é o meu caso, não está tendo problemas. Estou vendendo as minhas verduras com os mesmos preços de antes para os meus fregueses”, destacou.
Neste mesmo dia, com relação ao tomate, que vem sofrendo uma certa oscilação quanto ao seu valor, estava sendo comercializado a R$ 10,00, o débora, e a R$ 6,00, o italiano. Quanto às bananas, elas estavam com os preços dentro da normalidade, de acordo com as clientes ouvidas, não havendo nenhuma grande alta. Entretanto, o que se notou na quinta foi a ausência das barracas de legumes, sendo encontrada apenas uma.
Mas na sexta, já na feira da Rua Antonio Camardo, o feirante Marcelo deu a dica do que pode ter acontecido: a falta de mercadorias no Ceagesp no início da semana e o pouco que tinha estava muito caro.
“Já estamos encontrando as mercadorias, mas os preços dos legumes estão um pouco mais caros. Mas não tão altos como estão divulgando por aí. O que está caro. A caixa da cenoura está saindo por R$ 120,00. A mandioquinha está entre R$ 80,00 e R$ 90,00, a caixa. Já o quiabo está saindo em média por R$ 100,00, a caixa, e tem pouco. Do restante tem tudo e está normal”, avaliou.
O que a reportagem constatou através das declarações obtidas nestes dois dias é que a tendência é que a situação esteja praticamente normaliza já na próxima semana.