Projetado pelo escritório do arquiteto Francisco Ramos de Azevedo em 1926, o Mercadão foi inaugurado em 25 de janeiro de 1933. Entre os detalhes que mais chamam atenção está o trabalho realizado nos vitrais, importados da Alemanha e executado pelo artista russo Conrado Sorgenicht Filho, famoso por obras na Catedral da Sé e em centenas de outras igrejas pelo Brasil afora. Seus 32 painéis são subdivididos em 72 vitrais, que retratam a vida dos colonos, com paisagens do cultivo e da colheita e a criação de animais, como gados e aves.
TAMANDUATEÍ
O prédio que ocupa um espaço de 12.600 metros quadrados de área construída às margens do rio Tamanduateí – abriga mais de 1.500 funcionários que, juntos, movimentam cerca de 350 toneladas de alimentos por dia em seus mais de 290 boxes que dispõem de grãos a chocolates, de frutas a embutidos, além de vinhos, cervejas, cachaças, doces, queijos, carnes e temperos.
ODISSEIA
Visitar o Mercado Municipal paulistano é mais do que um passeio em busca de novos aromas e sabores: é uma pequena odisseia por um dos marcos arquitetônicos da cidade. Para quem já conhece o espaço ou ainda não teve a oportunidade de ir, vale conferir o que torna sua arquitetura tão especial.
O Mercadão, como é conhecido, é o mais importante mercado público da capital. O edifício é considerado uma das últimas grandes construções do município erguidas entre o final do século 19 e a metade do século 20. Foram necessários cinco anos para concluir o projeto.
DUMONT VILLARES
O local foi criado não apenas para atender a demanda na região central da cidade, mas também foi pensado como uma maneira de consolidar a imagem da metrópole do café.
Dono do escritório de arquitetura mais conceituado da capital, naquela época, o arquiteto de origem portuguesa, Francisco de Paulo Ramos de Azevedo (1851-1928), é o autor do projeto original do mercado. Mas, como ele faleceu logo no início das obras, coube aos seus sócios, Armando Dumont Villares e Ricardo Severo, a responsabilidade pelo andamento da construção.
HARMONIA
Em harmonia com o urbanismo do antigo centro da cidade, o Mercadão impõe-se com suas abóbadas e fachadas sóbrias, estas assinadas pelo italiano Felisberto Ranzini. No interior e no exterior, elevam-se colunas em estilo grego, jônico ou dórico, com telhas de vidros e claraboias que proporcionam luminosidade natural ao espaço.
Local: Rua da Cantareira, 306. Aberto de segunda a sábado: das 6 às 18 horas; e de domingo: das 6 às 16 horas.