Custou muito para que as nossas autoridades econômicas se convencessem de que realmente vivemos um momento difícil. A Europa está em momento complicado, o mundo se ressente e o Brasil, ao que tudo indica, ainda faz parte do mundo, a menos que, por lei, o PT decrete o contrário, logo, por fazermos parte deste mundo e não de outro, também, devemos nos ressentir e não escaparemos ilesos. Antes assim não fosse.
Todos os demonstrativos econômicos de que temos conhecimento estão revelando isso. O mais forte deles, sem dúvida, foi a baixa da arrecadação fiscal. Ela que vinha em alta, no último mês baixou, e só baixou porque a atividade das empresas foi afetada. Os recolhimentos de impostos, que incidem diretamente sobre o faturamento, tiveram baixa na arrecadação.
As empresas, mesmo com a alta do dólar, não conseguem mais se posicionar no mercado externo, até porque não basta a baixa do dólar; as obrigações trabalhistas e previdenciárias continuam as mesmas, e os juízes do Trabalho fazem a lei do Trabalho, não aplicam a lei, a menos que seja a favor do trabalhador.
Como eles vivem fechados dentro de seus gabinetes, não enxergam um palmo diante dos olhos. Só conhecem a lei, mas ignoram o que acontece na sociedade. Ainda não perceberam que ao matar as empresas “matam as galinhas” que produzem os ovos, e sem eles a sociedade não se sustenta.
O governo começa a ver isso: começa a tentar de todas as formas alimentar as empresas, corta uma parte de impostos, cria novas frentes de trabalho, mas, o pior de tudo, o governo tem o dinheiro, porém, não tem projeto. É total falta de gerenciamento, e muitos anos sem pensar a longo prazo, só administrando o presente, tentando unicamente solidificar posição para manter-se o tempo todo no poder. Esqueceu-se o governo de governar o País, preocupou-se com o social, esqueceu-se das indústrias, das estradas, das escolas. Só voltado para o popular, esqueceu-se que quem esquenta e suporta a economia é quem produz, tanto para o mercado interno, como externo.
Por fim, face a todo esse descalabro governamental, hoje já sentimos que a economia decai. De um PIB projetado ao início do ano de 5, já nos contentamos com 2 ou 2,5, e a presidente justifica-se, de forma pífia e insignificante, dizendo que isso não é importante; importante é termos planos sociais, termos planos e desenvolvimento para as crianças e para a juventude. Bem ao contrário do que ela diz, estamos vendo, por exemplo, em São Paulo, o recrudescimento da violência e provocada pela explosão juvenil e até infantil, onde eles são colocados como “boi de piranha”, pois não são punidos em razão da minoridade.
Os erros do governo explodem nas ruas. A própria polícia perdeu o rumo e volta-se contra a população ao invés de defendê-la. Hoje, acabamos por ter mais medo da polícia do que do bandido; nunca se sabe se a polícia vai atirar ou não, tamanho é o seu despreparo.
Aproximam-se as eleições e a ladainha é a mesma. Só trocam os nomes, quando trocam e não são os mesmos, mas o sermão é o mesmo. Todos dizem que vão se preocupar com transporte, educação, saúde, e no fim acabam como a maioria dos políticos, não fazem nada.
Essa “marolinha”, que já vem desde os tempo do Lula, acabou explodindo e as consequências ainda são pequenas, mas estão crescendo e vão transformar-se em tsunami. Agora falam em reduzir o custo da energia, mas será que já não poderiam ter feito isso? E a forma é a mais rudimentar possível, ou seja, cortar os impostos que engrossam a conta. O governo nunca quer dar sua parcela e agora parece que sentiu; ou ajuda as empresas e os cidadãos, ou a questão ainda pode ficar pior do que da Espanha e da Grécia. É um pouco tarde, mas ainda dá para segurar, porque temos reservas e é bom não esgotá-las. Segundo consta, não temos dívidas externas, mas temos uma dívida interna maior do mundo. Como dívida não se paga, administra-se, só esperamos que ela seja bem administrada.
Agosto chegou. Será o mês do Mensalão. Quem sabe o mês da redenção do STF; tudo depende do que eles vão fazer. Esperamos que seja o mês da Justiça, que finalmente os malfeitores tenham suas condenações. Assim o povo voltará a ter paz, pelo menos este país não continuará a ser o país da impunidade.