O que leva a Prefeitura a cuidar de duas praças bem próximas de maneiras diferentes? Isso só a administração poderá responder. Para o frequentador, a discrepância é visível quando ele sai da Praça Coronel Sandoval de Figueiredo e vai para a Praça Silvio Romero, no Tatuapé. As duas receberam verba de emenda parlamentar para reforma e paisagismo, porém, na primeira o dinheiro parece ter sido aplicado de forma mais equilibrada.
CANTEIROS
A Praça Sandoval ou dos “Perueiros”, como também é conhecida, teve todo o calçamento refeito, apesar de não ter sido utilizado o piso intertravado. Os canteiros receberam gramados e plantas, e foram separados por pequenos blocos de cimento. As áreas foram pintadas de branco e as papeleiras e lixeiras estavam preservadas. A varrição do passeio também estava em acordo com a limpeza do bairro.
MAIS PAPELEIRAS
Na Silvio Romero, o piso é o concreto estampado e a maioria dos canteiros está preenchida por tufos de grama, enquanto em outros só há a terra. Os espaços têm árvores e coqueiros, mas não foram contemplados com trabalho paisagístico. O número de papeleiras é muito reduzido em comparação ao tamanho da praça.
IDENTIFICADAS
As praças se identificam com relação aos problemas na ocupação interna e do entorno. Isso porque existem abusos por parte de moradores de rua, ambulantes e comerciantes. Nas proximidades da Sandoval é possível encontrar homens, mulheres e até crianças trabalhando como camelôs. Eles vendem roupas, alimentos, DVDs, objetos eletrônicos, entre outras bugigangas.
LIXO NO HORÁRIO
A Silvio Romero transformou-se em um dos pontos preferidos por sem-teto. Eles usam a parede da igreja para apoiarem seus barracos e assim levam carrinhos de supermercado, malas e utensílios domésticos. Para secar as roupas lavadas eles utilizam o próprio gramado. Além desses problemas, tanto uma praça como a outra possuem outro vilão: o lixo comum que fica acondicionado em sacos junto aos postes, às vezes durante todo o fim de semana. Mesmo com inúmeras reclamações, por parte de usuários, algumas pessoas insistem em não respeitar o horário do recolhimento. Depois, as mesmas ainda reclamam da proliferação de ratos e baratas.