É isso mesmo. De acordo com o que a reportagem apurou, agora falta pouco para o início das obras. Mas isso se houver realmente o empenho da atual gestão, pois na anterior, só ficou nos “acertos burocráticos”.
Em março de 2015, no governo de Fernando Haddad, a Secretaria Municipal da Saúde chegou a informar, a esta Gazeta, que as obras para transformar o prédio que abrigou o Hospital e Maternidade Vila Carrão, em Rede Hora Certa, deveriam começar até o fim daquele ano. Vieram as eleições, a gestão mudou e, até agora, nada.
Com o intuito de saber como está o processo, a equipe procurou tanto a secretaria responsável, que não se pronunciou até o fechamento, quanto as assessorias do vereador Masataka Ota e da deputada federal Keiko Ota. Para quem não se recorda, em 2015 a deputada conseguiu uma emenda no orçamento de R$ 3 milhões para as obras e, antes disso, o vereador encabeçou abaixo-assinado para a vinda do hospital ao bairro.
O QUE ESTÁ ACONTECENDO
Segundo as informações, o vereador Ota e a deputada Keiko são os únicos parlamentares que seguem no empenho para que a Prefeitura, através da Secretaria Municipal da Saúde, dê início às obras. Com relação aos R$ 3 milhões, valor pertinente ao exercício de 2015, a assessoria do vereador Ota salientou que ele só não se perdeu porque o parlamentar, junto com a sua esposa Keiko, ficaram em cima. Tanto é que o valor continua disponível na Caixa Econômica Federal, aguardando apenas a liberação do Projeto Executivo.
Procurado pela reportagem, Ota revelou, inclusive, a sua decepção com o poder Executivo da gestão do ex-prefeito e do ex-secretário municipal da Saúde, pelo desinteresse que demonstraram ao assunto, sobretudo quando levadas em conta as promessas públicas que fizeram não só ao vereador, como também a toda a população da Vila Carrão.
“Eu e a Keiko temos a responsabilidade de cobrar, ficar em cima e de fiscalizar. E foi isso que sempre fizemos. Assim que tomei ciência que o processo de retomada das obras não prosseguiria na gestão anterior, iniciei contatos com o então candidato a prefeito, João Doria, inclusive o levando ao local do hospital para que ele tomasse ciência dos fatos. Logo após assumir a Prefeitura, obtive dele o compromisso público (em 5 de fevereiro deste ano), de que retomaria as obras. No dia seguinte, eu e a Keiko fomos recebidos pelo secretário municipal de Saúde, Wilson Pollara, para tratar do processo de retomada. Ainda tenho feito, semanalmente, gestão na Caixa Econômica Federal, no Ministério da Saúde, nas secretarias municipais da Saúde e Serviços e Obras, a fim de que a obra se torne realidade”, explicou Masataka Ota.
Há, inclusive, na página do facebook do vereador, um vídeo que foi postado há cerca de uma semana, com o depoimento do atual secretário municipal da Saúde, Wilson Pollara, dizendo que já se tem dinheiro para a obra, que o projeto já está pronto, mas que ainda faltam alguns detalhes na documentação para que os trabalhos possam ter início. O que todos esperam é que realmente a atual gestão faça acontecer e não fique novamente apenas no papel este projeto tão importante para a região. A Gazeta do Tatuapé vai continuar de olho.
ANÚNCIO
Em abril de 2014, este semanário informou que o prédio daria lugar aos equipamentos do Hospital Dia Rede Hora Certa e Unidade de Pronto Atendimento (UPA). A previsão era de que os atendimentos começassem no final de 2015. Naquele mesmo ano, a reportagem chegou a questionar a secretaria sobre quando as obras teriam início, mas a resposta foi apenas que a estimativa da implantação do Hospital Dia deveria levar um ano.
INFRAESTRUTURA
A unidade está programada para ter 20 salas para consultórios, espaço para coleta de exames clínicos e instalações para exames de imagem, dois centros cirúrgicos e 12 leitos para permanência de até 12 horas; 12 especialidades médicas e odontologia, além de 13 modalidades de exames de diagnóstico. Está previsto abrigar também o Centro Especializado de Reabilitação II Carrão e a Unidade de Pronto-Atendimento 24 Horas Carrão. Cabe à secretaria manter ou não o projeto nestes mesmos moldes.