POR MARIA DE LOURDES BORGES CARDOSO
“Aguardamos há anos a retomada dos trabalhos do Hospital da Vila Carrão, porém, até agora, nada foi feito!
Quero comunicar que o prédio em ruinas, agora apresenta grande risco de desabamento e invasões. Suas janelas tiveram todos os vidros quebrados e as esquadrias de alumínio foram roubadas, deixando tudo em péssimo estado. Sem contar a proliferação de ratos e mosquitos causadores de doenças como a dengue, febre amarela, zika e chicungunya, pois estamos expostos às águas acumuladas nas lajes e calhas descobertas que ainda restam.
Pergunto? O que estão esperando para iniciarem essa obra ? Quantas mortes serão necessárias por contaminação, desabamento ou negligência por falta de atendimento médico para que seja dada a ‘canetada’ para a liberação da tal verba de R$ 11 milhões?
Sou moradora da Vila Carrão e vizinha do hospital em ruínas que recebeu do ex-prefeito João Doria e de outras figuras políticas a promessa, em suas campanhas, de reformá-lo e reativá-lo. Como nada foi feito, a vizinhança é obrigada a conviver com depredações, invasões e o grande risco de doenças trazidas por ratos, pombos e urubus que fizeram moradia no telhado do prédio.
Os contatos que temos feito com prefeito, Subprefeitura, vereadores e até deputados federais, cobrando atitudes e soluções, não foram e não estão sendo suficentes para sensibilizar tais servidores públicos para resolver de vez esse problema.
Além disso, a população do bairro e adjacências fica sem atendimento. O único serviço prestado ocorre em pequeno espaço, ocupado principalmente por contêineres, na Rua Odete Gomes Barreto, 419 (Unidade da Rede Hora Certa).
Em fevereiro desse ano, Doria havia se comprometido a terminar as obras iniciadas na gestão do prefeito Fernando Haddad. Parte da construção seria custeada por emendas parlamentares da ex-deputada federal Keiko Ota e de seu marido, o vereador Ota. Segundo Keiko, Doria poderia utilizar mais de R$ 10 milhões em emendas aprovadas por ela na Câmara dos Deputados. O valor total da reforma ainda será calculado. A assessoria do governo Haddad afirmou que o atraso na reforma do hospital ocorreu em função de problemas estruturais no prédio. E também porque as emendas aprovadas eram para uma construção nova, quando o correto era aprovação para uma reforma.”