O seu desejo de celebrizar-se como o mais importante dos presidentes deste País, candidatou o Brasil e fez, como de sempre, “o diabo”, vendendo sua alma a ele, para ganhar a concorrência e trazer para o Brasil os dois eventos de repercussão mundial, a qualquer custo e preço.
Era absolutamente conhecedor de que esses eventos demandam muito dinheiro e viu nisso a grande oportunidade, uma grande fonte de renda para todo mundo, muitas falcatruas, negociatas, desvios de dinheiro público, proteção a amigos e tudo o que ele sabe fazer como ninguém.
Para a Copa do Mundo, todo mundo já sabe, bastavam oito sedes, mas ele fez questão de 12, enchendo o Brasil de Arenas, das quais apenas as de São Paulo, Rio, Curitiba, Minas, Rio Grande do Sul e Recife, recebem grandes espetáculos. As de Manaus, Campo Grande, Natal, Fortaleza, Brasília e Salvador, andam às moscas.
Até hoje não houve uma efetiva prestação de contas, não se sabe ao certo quanto foi gasto, quem realmente financiou, a quem se deve dinheiro e quem levou as maiores vantagens.
Por outro lado, as Arenas inativas estão causando enormes prejuízos aos Estados. A de Campo Grande, inclusive, já está sendo reformada, de tão malfeita que foi, e para abrigar menos de meia dúzia de jogos. Tudo fruto da megalomania do ex-presidente e, claro, estamos pagando essa conta e continuaremos por muito tempo.
Para as Olimpíadas a situação não é diferente, o Rio de Janeiro, que chegou a declarar “Calamidade Pública”, empenhou-se em uma tarefa hercúlea de erguer uma Vila Olímpica saindo do chão, do matagal, do nada, para terminá-la agora, já dentro da realização dos jogos e com defeitos de toda espécie, a ponto de delegações nem desejarem lá se instalar.
As Olimpíadas e Paralimpíadas terminarão na metade de setembro. E depois, o que será feito dessa Vila? Como serão aproveitados todos os equipamentos? Os apartamentos serão vendidos, dizem, inclusive para o Minha Casa, Minha Vida.
Com certeza restarão “os elefantes brancos”. Dizem que só de manutenção essa Vila custará R$ 60.000.000,00 por ano, já imaginaram quanto dinheiro jogado fora?
O próprio Engenhão, que fora feito para substituir em parte o Maracanã, está mais tempo parado do que em funcionamento. E o Maracanã, recém-reformado para a Copa do Mundo, passou por outra reforma.
As dívidas do Rio se acumulam e vão aumentar muito mais após o evento, porque neste momento o Comitê Olímpico ainda está ajudando, porém, depois, certamente tudo restará para o carioca.
O legado bom para o Rio foram algumas avenidas, túneis e o metrô, pois se não fosse o evento, nada disso sairia do papel.
A grande realidade é que nunca poderíamos ter nos aventurado a sediar jogos dessa importância; isso é coisa para países estruturados. E nós aqui vivendo nossa pior crise e sem qualquer chance de se recuperar rapidamente.
Só nos resta torcer, e muito, para que pelo menos as coisas corram bem, e não seja manchada ainda mais a nossa corroída imagem.