Na última terça-feira, dia 25, ocorreu a reinauguração da Estátua de Davi, localizada em frente ao Ceret (Centro Esportivo, Recreativo e Educativo do Trabalhador), na Rua Canuto de Abreu, s/nº. O trabalho de recuperação da peça de arte ficou a cargo da empresa de restauros Julio Moraes. Além da pintura com uma tinta especial, resistente à chuva e poluição, a base da estátua também foi revitalizada a partir de uma parceria entre o Ceret e a ONG Arquitetar para o Bem. A união possibilitou a criação de um novo jardim e a implantação de uma iluminação cênica que destacou a nova aparência da obra.
HOMENAGEM
Mohamed Mourad, diretor do centro esportivo, aproveitou o evento para agradecer a todas as empresas apoiadoras do clube, seja no cuidado com os banheiros, bebedouros, doação de tintas, entre outros benefícios. Além disso, ele também fez questão de homenagear a usuária Denise Villalobo Martins, que faleceu aos 60 anos. Mourad lembrou do importante papel dela enquanto frequentadora e ouvinte das outras pessoas. “A dona Denise me ajudava relatando as reclamações e dando sugestões para chegarmos onde estamos atualmente”, agradeceu.
ORQUESTRA
Durante o evento de reapresentação, os presentes puderam acompanhar o espetáculo da Orquestra de Sinos, um dos diversos grupos musicais da Acarte (Escola de Artes do Centro Universitário Adventista). O projeto cultural e social da orquestra, criado na região do Capão Redondo, envolve cerca de 55 crianças e jovens de 6 a 25 anos.
Fundada em novembro de 2002, pelo professor Welington Ferreira, a Orquestra de Sinos é o mais atuante grupo de sinos do Brasil. Composta por 61 sinos, a orquestra se apresenta com instrumentos feitos a partir de uma liga especial de bronze, afinados com uma escala cromática de 5 oitavas. Cada instrumentista é responsável por tocar de três a sete sinos, dependendo da técnica utilizada e das exigências da música executada.
HISTÓRICO
A réplica do Davi, de Michelangelo, não tem valor artístico. Com 5 metros de altura, como a original, que fica em Florença (Itália), a escultura foi feita em argamassa pelo Liceu de Artes e Ofícios no anos 30. Apesar disso, o valor sentimental da peça para os moradores do Tatuapé vem ganhando peso a cada ano. Inclusive, durante algumas tentativas de removê-la e levá-la de volta ao Pacaembu, diversos movimentos foram criados para que a Prefeitura desistisse da ideia. Com a vitória da população, a estátua ficou e agora é cuidada como um filho para o bairro.
Sérgio Murilo Mendes