Há mais de um ano moradores da Vila Luiza, no Parque São Jorge, esperam por uma solução da Prefeitura com relação à Comunidade Esmaga Sapo. Durante uma audiência pública realizada na região, a questão esteve entre as principais, por conta da falta de moradia, das crianças correndo o risco de atropelamento e do aumento dos índices de furtos e roubos nas proximidades das ruas Aiamá, Santo Antonio do Pinhal e Alfredo de Franco. Como parte do terreno usado para a construção dos barracos pertencia à CPTM, a empresa afirmou que faria uma intervenção no local. Após a promessa, a ação ocorreu há aproximadamente dois meses e várias casas foram demolidas. Contudo, nem todas foram removidas e as pessoas voltaram a se aglomerar na Rua Santo Antonio do Pinhal, construindo novas casas e deixando carros, geladeiras, máquinas de lavar e outros utensílios no meio da rua. O morador Mário Locaspi, por exemplo, pede desde o início das discussões sobre a comunidade que a Prefeitura Regional Mooca, em conjunto com a Secretaria de Assistência Social e Desenvolvimento, busque um local melhor para as pessoas que vivem nos barracos. “Não adianta intervir em um lado, mas deixar o outro. O problema permanece e mantém moradores e empresários do entorno inseguros e preocupados com o avanço das casas”, explicou.
O OUTRO LADO
De acordo com Walter Mezzetti, coordenador de governo local da Prefeitura Regional Mooca, o local é limpo com frequência, mas as pessoas voltam a jogar lixo e entulho na rua. Quanto aos carros abandonados, eles serão retirados, bem como objetos que estiverem atrapalhando a circulação das pessoas e dos motoristas. “Contudo, para isso, precisamos do apoio da CET e da PM para não ocorrerem outros problemas”, declarou.
O capitão Edson Serra, comandante da 2ª Cia. do 51º Batalhão da PM, informou que sabe dos problemas do local e também registra todo o movimento dos moradores por meio de fotos e de abordagens na área. Para ele, a tendência é a de que as pessoas deixem os barracos, até porque há muitos usuários de drogas que têm a comunidade como destino. “A maioria dos moradores trabalha e é honesta, porém alguns estão gerando dificuldades para boa parte do bairro”, ressaltou Serra.