Abandonada há quase quatro anos, a obra, embargada pela Prefeitura, do Condomínio Jardins de Espana, localizada na Rua Tuiuti, 569, no Tatuapé, segue com tapumes na fachada, apesar de ter o aviso para a entrega de cartas. De dentro do parque é possível ver que a construtora havia concluído a área da garagem, no subsolo, além do primeiro e segundo pavimentos, quando a Secretaria Municipal de Habitação interviu. Com a paralisação, moradores questionam se a estrutura ainda poderá ser aproveitada, caso a área seja determinada como sendo de utilidade pública pelo prefeito.
MARCA NEGATIVA
O estudante Emerson de Oliveira afirmou que a indefinição da Prefeitura sobre o terreno não colabora com o desenvolvimento do entorno. “Grandes comércios e condomínios de alto padrão começam a ser erguidos próximos ao parque, no entanto, este esqueleto só deixa uma marca negativa na região”, reclamou. Quando a construção teve início, recebeu diversas críticas de frequentadores da área de lazer e de ambientalistas. Com as manifestações, a Subprefeitura Mooca foi acionada e o embargo foi providenciado.
DENGUE
Atualmente, o terreno tem aspecto de abandono, com ferragens e madeiramentos sob a ação do tempo. Além disso, o mato começa a crescer em volta da estrutura do edifício, que teria apartamentos de 152 m2. Na parte de trás do prédio, a construtora chegou a escavar o terreno, mas não pôde dar continuidade às obras. Com isso, formou-se um pequeno lago de água parada que está gerando preocupação por conta da possível criação de um foco de dengue.
REMODELAÇÃO
Muito antes disto ocorrer, a Associação dos Moradores do Parque São Jorge (AMPSJ) vinha questionando a Secretaria Municipal do Verde e Meio Ambiente quanto à utilização da área. A entidade defende a possibilidade de remodelação do projeto inicial, transformando o atual imóvel em sede administrativa do Parque do Piqueri e Centro de Estudos e Pesquisa, voltados para o desenvolvimento de projetos para os moradores.
PROJETO
Outra proposta da AMPSJ é a transformação da atual sede administrativa do parque em um museu, possibilitando a preservação histórica da área verde. O centro de estudos seria voltado para o desenvolvimento de projetos de meio ambiente, cursos destinados à inclusão dos portadores de necessidades especiais, cursos breves de capacitação para o trabalho, como: edição de imagens (Photoshop, Coreldraw e Picasa), moda (customização, modelagem, breve história da moda e acessórios), vídeo e fotografia (básico de filmagem e edição), comportamento e trabalho (relações de trabalho e boas maneiras), entre outros que atendam as demandas atuais do mercado.