– Estou indo para Rotorua!
– Legal. Você vai gostar de lá, mas tome cuidado quando for acender um cigarro. Pode haver uma explosão
Só entendi a piada ao saber que, por toda a parte em Rotorua – cidadela de Bay of Plenty, na Nova Zelândia – inclusive em jardins e nos bueiros, são expelidos ininterruptamente vapores de odor duvidoso.
Claro, não se trata de gases e não há risco de acidentes deste tipo. Mas estes vapores – vindos de fontes termais subterrâneas e aquecidos por atividades vulcânicas – trazem à atmosfera o cheiro nada simpático de dióxidos de carbono e de enxofre, além de um pouco de cloro e flúor.
De início o cheiro chega a incomodar. Depois acostuma-se e logo nem se nota. De fato os visitantes sentem até falta quando vão embora.
Tirando-se os odores da frente, se vê uma cidade provinciana aos moldes norte-americanosmodernos – à exceção do tráfego inglês à esquerda – em que o clima é de hospitalidade total e harmonia com a natureza.
O nome do lugar foi dado pelos colonizadores ingleses, que gostaram da recepção amistosa que tiveram da tribo Maori, que vivia em junto ao grande lago de margens borbulhantes também chamado Rotorua.
Um vilarejo Maori histórico, formado por pequenas construções de madeira ricamente esculpidas com temas tribais é chamado Ohinemutu. O nome significa “Lugar das jovens que foram mortas”, nome dado por um pai Maori em memória de sua filha.
Além de ser uma das cidades neozelandesas com maior número de habitantes da etnia Maori, Rotorua homenageia sua cultura na nome da maioria dos parques da cidade. Um deles é Kuirui Park – ume espécie de Parque do Ibirapuera do pacífico sul, em menores proporções – em que seus lagos expelem acalentadores vapores ao clima subtropical neozelandês.
O clima sublime de Rotorua só é interrompido pela força dos gêiseres localizados em regiões termais mais ativas. O espetáculo da panela de pressão natural acontecendo periodicamente é comercializado nas chamadas vilas termais, em que também se pode hospedar.
Com suas piscinas borbulhantes de lama, cavernas de teto recoberto por vermes brilhantes e esportes como o Zorbing – em que literalmente se desce o morro dentro de uma bolha – Rotorua é cheia de “extraterrestrismos” dentro de nosso planeta. Apesar disso uma de suas memórias mais marcantes desta terra longínqua é observar, durante o pôr-do-sol, as inúmeras mudanças das cores do céu refletidas ao entardecer no lago Rotorua.
obrigada,aprendo sempre,gostei.