Vejam o conjunto de notícias dos jornais, em apenas três páginas: “Operação prende secretário de Haddad”; “Empresário ligado a Lula é alvo de ação de busca e apreensão”; “Senado pede ao Supremo que anule buscas (no caso de Paulo Bernardes) na casa de sua esposa Gleisi Hoffmann”;
“Ex-ministros e ex-assessores de petistas são investigados”; “Lava Jato tem desdobramentos e deflagra Operação Custo Brasil”; “PF recolhe documentos na sede do PT”; “Procurador vê corrupção no ‘coração’ de gestões do PT”; “Ação atinge ex-ministro próximo de Dilma”; “Crédito consignado bancou propina para Bernardo, afirma força-tarefa”.
Pois é, isso só em três páginas do jornal “O Estado de São Paulo”, em sua edição da última sexta-feira.
Chega a ser difícil acreditar como foi possível, durante todos esses 13 anos e meio, ter convivido com isso. Como o País resistiu a tudo isso? Como pudemos sobreviver?
Não poderia acontecer coisa diferente, uma hora tudo viria à tona e as consequências não seriam outras, uma quebra geral de confiança em todos os políticos, no regime, nas instituições e essa depressão econômica que atinge a tudo e a todos, nos lançando em um buraco bem fundo.
A última desta semana foi o Paulo Bernardo e sua esposa, pessoas impolutas, convencidas e arrogantes. O esquema em que Paulo Bernardo participou, roubou dinheiro dos funcionários públicos.
Os políticos, de uma maneira geral, não perdoam mesmo. Roubam das merendas, dos hospitais, das creches, do Bolsa Família, do Minha Casa Minha Vida, roubam por todos os lados, pouco importando quem seria o prejudicado, se rico, pobre, criança ou velho, o importante é roubar.
Segundo o ministro Teori Zavascki: “O momento é de remédios amargos, o País está enfermo e é preciso acertar as contas com o passado”.
Ainda faltam alguns dos mais famosos para entrar na roda, já foram cogitados, mas ainda estão no limbo, não houve formalização de indiciamento.
Essa operação Lava Jato não tem pinta de acabar logo. Ainda tem muita gente para aparecer entre os suspeitos.