A assessoria da Subprefeitura Aricanduva/Formosa/Carrão informou na última quinta-feira, 18, que, por determinação do Ministério Público, foram demolidas, com a supervisão da Defesa Civil, 22 moradias consideradas de risco muito alto (R4) pela equipe de geólogos da Prefeitura. Todas as famílias foram acompanhadas pela Secretaria de Habitação.
RECLAMAÇÕES
Muitos moradores que viviam próximos ao Córrego Rapadura vinham reclamando da falta de atenção da Prefeitura com relação à falta de limpeza e de projeto de canalização para o local. Maria do Carmo Inácio, por exemplo, durante declaração à rádio CBN, afirmou que a Justiça havia determinado a realização do desassoreamento do córrego, por parte do governo municipal, de 15 em 15 dias.
REMOÇÃO
Mesmo com os protestos populares, já existia na Justiça, desde 2011, uma liminar concedida em ação civil pública, movida pelo Ministério Público, que determinava à Prefeitura a remoção de 61 famílias que ocupavam irregularmente a área de preservação permanente às margens do Córrego Rapadura, no local conhecido como Favela Palma de Santa Rita, na Vila Carrão.
INSTÂNCIAS
Agora, como o processo já havia passado por todas as instâncias na Justiça, a subprefeitura executou a ordem expedida pelo MP. No site da Secretaria Municipal de Habitação consta que a ocupação existia desde 1990. Com relação à estimativa de imóveis, a secretaria tem registro de 130 casas ocupando uma área de 6.473,48, que começa na Rua Maria Guilhermina, passa pela Rua Renato Rinaldo e corta mais dois quarteirões, das ruas João Vieira Prioste e Xiririca. Com relação a estas outras residências e sobre os próximos passos da subprefeitura, a assessoria não se pronunciou.
A situação em que encontra-se o Córrego Rapadura é vergonhosa; ele está abandonado, assim como todos aqueles que infelizmente residem próximo à ele.