Um ano depois da reportagem estar presente na comunidade existente ao lado do Viaduto Ladeira do Xisto, sob a Avenida Jacu-Pêssego, em Itaquera, o problema está ainda maior. Mais barracos foram construídos e a situação se tornou mais perigosa, porque a luz é resultante de gambiarras ou de velas que são acesas pelos moradores. Além disso, no terreno existem vários tipos de materiais acumulados. Ao lado das construções também passa o córrego Jacu, de onde as pessoas costumam pegar água.
SEM SANEAMENTO
Não existe nenhum tipo de saneamento, muito menos proteção contra a possibilidade das crianças da comunidade quererem atravessar o viaduto ou mesmo caírem no córrego. Com isso, muitos dejetos são lançados no terreno ou dentro do condutor de água. Antes da tomada do espaço, paredes foram quebradas e alambrados arrancados. Agora, como não há fiscalização ou a presença de agentes da Secretaria Municipal de Assitência Social, moradores estendem suas roupas sem preocupação, fazem fogueiras e organizam seus móveis.
“Perigo de incêndio é constante por causa das gambiarras nos fios”
MAIS BARRACOS
Bem próximo aos barracos, outra pessoa anuncia a venda e compra de ferro-velho, o que favorece ainda mais o acúmulo de objetos inflamáveis. Tanto neste ponto, quanto em outro, mais próximo à Arena Corinthians e com uma estrutura melhor, conhecido como Comunidade da Paz, os moradores esperam pela Secretaria Municipal de Habitação (Sehab). Isso porque, a cada dia, as construções vão subindo, sendo possível ver casas de três andares, inclusive postas para vender ou alugar.
Por enquanto, a Prefeitura Regional Itaquera não adiantou o que será feito com relaçao à Comunidade do Xisto. Sem a limpeza, a condição das pessoas se agrava e o risco de acidentes é iminente. Mesmo assim, como não há alternativa, o número de casas só aumenta, já que muitas famílias ainda vivem nas ruas.