O viaduto estaiado do Complexo Viário Padre Adelino completou cinco anos de existência. Responsável por ligar o Tatuapé ao Belém, o pontilhão passa sobre a Avenida Salim Farah Maluf e agora também serve como alternativa aos motoristas que vão para o centro da cidade. Do lado da Rua Melo Peixoto, o antigo viaduto Catiguá/Balem, que atualmente tem o nome de Antonio de Paiva Monteiro, também fez “aniversário”. No caso dessa obra, ela teve como objetivo desafogar o trânsito da Avenida Radial Leste.
ESTAIS AZUIS
Com estais azuis e iluminação cênica, que nem sempre está funcionando, o viaduto tornou-se um dos cartões postais do bairro, pois é reconhecido como a entrada do Tatuapé para quem transita no sentido centro-bairro. Hoje, a passagem está mais valorizada do que no passado, pois boa parte dos motoristas a utiliza para evitar a Radial, chegar à Rua da Mooca, e continuar no sentido da Praça da Sé. Antes de ser inaugurado, o viaduto era criticado por ter desapropriado alguns imóveis e ter gerado um custo muito alto para a Prefeitura. Durante todo o período da obra, ocorreram diversos protestos e até audiência pública na própria Câmara Municipal com a intenção de barrar a construção para reavaliação dos gastos.
RODOVIAS
Outro objetivo da obra foi o de aumentar a capacidade da Radial Leste, além de facilitar o acesso às rodovias Fernão Dias e Dutra, Marginal Tietê e o porto de Santos, com a eliminação de semáforos na Salim Farah Maluf. O custo total dos trabalhos foi de R$ 114 milhões. Após esses primeiros anos de utilização, os motoristas cobram mais investimentos em iluminação pública no entorno, continuação da ciclofaixa existente na Avenida Álvaro Ramos e o incremento no sistema de transporte público sobre o viaduto.
SEM RECLAMAÇÕES
Sobre o trânsito nos dois viadutos, não foram registradas reclamações, pois, nos horários de pico, os congestionamentos são mais frequentes em trechos anteriores a eles, como no caso da Rua Padre Adelino, sentido centro, próximo à Rua Ipojuca; e na Rua Melo Peixoto, junto da Rua Tuiuti. Os únicos problemas encontrados nas vias de ligação estão nos “gargalos” que permaneceram na sequência da Padre Adelino, próximo à Rua Uriel Gaspar; e no final do Viaduto Antonio de Paiva Monteiro, sentido centro, onde começa a Rua Engenheiro Balem.
PROPOSTAS
O motorista José dos Santos sugeriu que o viaduto estaiado receba a mesma atenção dada por empresários à ponte estaiada Octávio Frias de Oliveira (Zona Sul) e à Governador Orestes Quércia (Zona Norte), a primeira sobre o Rio Pinheiros e a segunda sobre o Rio Tietê. “Quando se aproximam os festejos de Natal, logo elas recebem uma iluminação própria da época ou estampam mensagens comemorativas. Por que o Tatuapé não pode ser beneficiado com o mesmo investimento? Afinal, trata-se do bairro com maior poder aquisitivo da Zona Leste”, apontou Santos. Para ele, ainda, o fato de se vivenciar um momento de crise poderia ser um fator de incentivo para os comerciantes se unirem em torno de um bairro mais acolhedor. “Se cada um colaborasse com um pouquinho, poderia gerar a verba suficiente para a decoração”, indicou.