A ciclovia da Avenida Radial Leste está abandonada entre as estações Carrão e Itaquera do Metrô, no sentido bairro. A denúncia foi relatada a esta Gazeta pelo ciclista Sidnei de Andrade Gomes, na última segunda-feira, dia 6. Gomes afirmou trabalhar no Tatuapé e que faz o percurso completo da pista quase todos os dias. Por conta disso, ele ressaltou saber o quanto a ciclovia se deteriorou e não está mais recebendo a manutenção necessária.
METRÔ PENHA
No ano passado, este semanário já havia publicado que, na altura da estação Penha do Metrô, as árvores não eram podadas há vários meses. E que a falta de zeladoria estaria prejudicando a iluminação em cerca de 500 metros. A reportagem mostrou o fato das luminárias estarem acima das copas das árvores, tornando o caminho escuro tanto para ciclistas quanto para pedestres.
CANOS NA PISTA
Um ano depois, o ciclista salientou que o problema persiste e ainda se agravou. “Não sei dizer porque foram deixados canos de borracha espalhados pelo chão da ciclovia”, reclamou Gomes. Em alguns pontos, prestadores de serviço estão refazendo a fiação subterrânea das luminárias existentes no caminho, porém, eles acabam deixando restos de material no local.
EM GRUPO
A estudante Pamela dos Reis disse que só é possível percorrer a ciclovia até o Tatuapé em dupla ou com um grupo de amigos. “É difícil saber se alguém estará escondido em algum ponto esperando as pessoas passarem”, alertou. Ela avisou que não leva celular, relógio ou dinheiro para evitar qualquer problema maior.
SEM-TETO
De acordo com Gomes, na altura do Metrô Penha, no sentido da Avenida Aricanduva, o mato está alto e embaixo do viaduto há pessoas morando.
“Elas fizeram um buraco na base da ponte e ficam observando quem passa de bicicleta ou a pé. Não dá para afirmar, com certeza, que são suspeitos, mas quem vai se arriscar a passar por lá? Nesse caso, prefiro percorrer o trecho pela Radial Leste, sob o risco de causar um acidente ou ser atropelado”, contou.
GUARDAS
Durante o programa “Vá de Bike ”, a GCM disponibiliza 18 agentes para trabalhar das 6 às 18 horas na região central da cidade. Diante dessa realidade, muitos cilistas pedem que pelo menos dois guardas sejam designados para percorrer a ciclovia da Radial nos horários mais críticos.
INSEGURANÇA
Além da falta de segurança, Gomes aponta, também, para as falhas de infraestrutura caracterizadas pela grande quantidade de buracos na pista, nos dois sentidos. “Não basta entregar a ciclovia e depois esquecê-la. A Prefeitura precisa refazer alguns pontos do piso e também investir em placas de sinalização, pois as anteriores foram furtadas”, sugeriu. Inaugurada em 2008, a ciclovia é frequentada por ciclistas de fim de semana, trabalhadores e pessoas que caminham ou praticam corrida.