Na última segunda-feira, dia 8, o grupo que defende a reabertura da área verde e de dois campos de futebol, existentes no Centro Esportivo Brigadeiro Eduardo Gomes, ganhou o apoio da iniciativa privada, que ficará responsável pela criação do projeto que será apresentado à Secretaria Municipal de Educação. Como o terreno foi fechado, para a construção do Território CEU Carrão-Tatuapé, os espaços pretendidos pelos moradores ficaram inutilizados.
ESPORTE E RECREAÇÃO
Com a perda e a paralisação das obras do CEU, a população decidiu se mobilizar. Atualmente, quase duas mil pessoas já assinaram um abaixo-assinado solicitando a retomada de parte do centro esportivo. Além delas, vereadores e empresários também estão buscando saídas para que o lugar não seja abandonado e volte a ter algumas atividades esportivas e de recreação. Com o plano dos moradores seguindo para a Secretaria, a pasta poderá elaborar um termo de cooperação que facilitará, por exemplo, a participação efetiva da Prefeitura Regional Mooca na área.
CLAMOR
Para os moradores João Ortega e Valéria Gadioli, a conquista da elaboração de um projeto é importante, pois reforça a expectativa demonstrada por todos os envolvidos na campanha de reabertura. De acordo com Thomás Rossi, assessor do vereador Caio Miranda Carneiro, o documento também ajuda o secretário Alexandre Schneider a conhecer mais a respeito do clamor das pessoas antes de tomar uma decisão. Rossi lembrou que Schneider pediu um tempo para avaliar a questão e analisar a obra como um todo.
OCUPAÇÃO
No entanto, como o grupo defensor da área verde não sabe quantos meses isso vai levar, o projeto que seguirá para a Educação tentará acelerar o processo. Isso porque caso a construção do CEU seja retomada, toda a área será fechada novamente. Sendo assim, os moradores querem pelo menos aproveitar o espaço durante o período de indefinição. “Se as obras demorarem seis meses ou um ano para voltar, as pessoas interessadas vão poder reocupar os campos, as pistas de caminhada, aparelhos de ginástica para a terceira idade e uma sala que foi preservada”, previu Valéria.
SAMPAIO
A ideia também é defendida por Nildo (Osai Targino), diretor de esportes do Esporte Clube Sampaio Moreira. Como representante dos clubes Cruzeirinho, Vila Paris, Juventude e do próprio Sampaio, ele disse que sempre alugou os campos para a organização de jogos. Agora, sem a opção do Brigadeiro Eduardo Gomes, os associados dos clubes também estão interessados em se engajar no movimento.
CAUTELA
Apesar da vontade de todos, Nildo sugeriu cautela na negociação. Ele recordou que, em outra oportunidade, como diretor de um CDC, depois de recuperar uma área abandonada e entregá-la com várias opções de prática esportiva à população, a Prefeitura resolveu ceder o local para o Estado, que demoliu tudo para construir uma Etec. Nesse sentido, o diretor do Sampaio frisou sua intenção de somar com o restante do grupo, levando algum conhecimento e experiências capazes de contribuir no processo.
LAÇO ROMPIDO
Quem também se dispôs a colaborar com a reativação das áreas fechadas foi o 3º Grupamento de Bombeiros, localizado na Rua Apucarana, 131. Conforme o comando, o centro esportivo era utilizado para o treinamento físico de equipes e para a realização de algumas simulações de atendimento. O Grupamento comunicou que sempre existiu uma parceria com a direção do espaço e com a própria Prefeitura. Atualmente, com a “perda” da área verde, o laço está rompido.
Sérgio Murilo Mendes