A Praça Silvio Romero passa, atualmente, por um de seus piores momentos em termos de deterioração por conta do lixo mal acondicionado, tocas de ratos, moradores de rua, falta de fiscalização e de segurança. A reclamação vem da maioria das pessoas que reside no entorno, além de ter o apoio de comerciantes e de moradores tradicionais do bairro, que acompanharam o declínio do local desde a última reforma até agora.
SEGURANÇA
O empresário Rodolfo Soares afirmou não saber o por quê da Silvio Romero não ter uma base da Polícia Militar que represente dignamente um dos bairros mais badalados de São Paulo. “É um desrespeito com quem frequenta o local e também com os próprios policiais que merecem ter o espaço mais confortável e funcional”, reclama. Para ele, o espaço precisa receber mais atenção da Prefeitura, pois, em determinados horários, fica difícil circular pela praça.
CAMELÔS
Dagoberto Resende, que mora no Tatuapé há mais de 40 anos, comentou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) se afastou de alguns pontos problemáticos do bairro, como a Rua Tuiuti e a Praça Coronel Sandoval de Figueiredo. “Nestes locais, principalmente nas proximidades da estação Tatuapé do Metrô, é possível encontrar dezenas de ambulantes. Despreocupados, pela falta de fiscalização, eles vendem eletrônicos, peças de roupa, produtos estéticos, até alimentos”, ressaltou.
DOGUEIROS
A moradora Sonia do Carmo disse não ser contra o trabalho dos vendedores de cachorro quente, no entanto, é preciso que a Prefeitura mantenha uma avaliação constante do serviço destas pessoas. “Por conta deles lidarem com alimentos, não sabemos se os profissionais fizeram o curso oferecido pela subprefeitura. Além disso, fica a questão relacionada a ação da Vigilância Sanitária. O órgão fiscaliza os ‘dogueiros’ da Praça Silvio Romero? Quando foi a última vez que os nutricionistas estiveram no local para avaliá-los?”, indagou.
Sonia também lembrou dos comerciantes de hot-dog que trabalham sem licença e fora do horário preestabelecido pela Prefeitura. “Nestes casos, os consumidores estão correndo sérios riscos de saúde”, salientou. O eletricista Vinicius Ferreira dos Santos perguntou se os ‘dogueiros’ respeitam as vagas de Zona Azul, pois os motoristas, de uma maneira geral, precisam pagar R$ 3,00, por um hora, pelos cartões de estacionamento.
LIXO
Inez Martarelli Simão, presidente do Conseg do Tatuapé, afirmou que a solução para a grande quantidade de lixo que é deixada nas esquinas do entorno da Silvio Romero talvez esteja na denúncia junto a GCM, como crime ambiental. “O material está servindo de alimento para ratos que acabam fazendo tocas nas áreas ajardinadas da praça. Depois, esses bichos podem contaminar os estoques dos comércios e dos próprios ‘dogueiros’”, avisou a presidente.
MORADORES DE RUA
Outro problema enfrentado pelo local está ligado à presença de moradores de rua em bancos e na área gramada. Eles montam barracas, deixam roupas penduradas em árvores e espalham garrafas pet pela praça. Questão crônica, já foi alvo de diversos pedidos à Secretaria de Assistência Social, porém ainda não recebeu uma alternativa de solução adequada. Comerciantes do entorno dizem que muitos deles são alcoolistas, tornando os casos ainda mais sérios.
A Secretaria Municipal de Segurança Urbana, pasta responsável pela Guarda Civil Metropolitana, informa que, na região da Rua Tuiuti e da Praça Coronel Sandoval de Figueiredo, a corporação realiza rondas diárias, três vezes ao dia, nos períodos da manhã, tarde e noite. Sendo que, a cerca de um quilômetro do local, a Inspetoria Regional da Mooca, responsável pelo perímetro, mantém uma Base Comunitária Móvel no Largo Nossa Senhora do Bom Parto, das 6 às 18 horas, com um efetivo de quatro agentes.
A corporação atua nos casos mencionados através do Programa de Controle do Espaço Público e Fiscalização do Comércio Ambulante, que tem como foco a redução significativa do uso inapropriado do espaço público, por ambulantes irregulares e ilegais, através de ações de fiscalização. O programa visa a liberação do espaço público, devolvendo-o ao uso regular e coletivo da sociedade, contribuindo diretamente com a Segurança Pública e Urbana da cidade.
CET
Com relação à utilização das vagas de Zona Azul pelos “dogueiros”, a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) informou que a Praça Silvio Romero dispõe de 436 vagas de Zona Azul, 27 vagas para carga e descarga, 12 vagas para pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida, 30 vagas para idosos e 147 vagas para motociclistas. A fiscalização do uso irregular das vagas de Zona Azul é feita rotineiramente por agentes em viaturas e, principalmente, em motocicletas com o objetivo de otimizar a operação e ter mais eficiência na fiscalização.
AUTUAÇÕES
Como resultado das fiscalizações, nos últimos três meses (em maio, junho e julho) foram registradas 626 autuações na Praça Silvio Romero por uso inadequado das vagas de Zona Azul.
Conforme o órgão, os veículos utilizados para atividade de “dogueiros” motorizados, que dispõem de autorização formal – o TPU (Termo de Permissão de Uso) -, são dispensados da rotatividade obrigatória nas vagas de Zona Azul, porém devem utilizar o cartão de Zona Azul, conforme previsto no Decreto 42.242, de 1º de agosto de 2002 em seu Art. 9º.
MULTA
De acordo com o Art. 9º- Se no local estabelecido no Termo de Permissão de Uso operar estacionamento regulamentado rotativo pago, do tipo “Zona Azul” ou similar, fica o “dogueiro motorizado” dispensado apenas da obrigação de rotatividade da vaga ocupada, devendo ser obedecidas as demais disposições do sistema, entre as quais o uso de cartões ou pagamento de taxa pelo período de estacionamento.
Com relação ao “dogueiro” ser multado por irregularidade, de acordo com o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) estacionar em desacordo com a regulamentação deixando de colocar o cartão de Zona Azul é considerado uma infração leve, com perda de três pontos na Carteira de Habilitação, multa no valor de R$ 53,20, sendo que o condutor ainda está sujeito a guinchamento. Caso o condutor mude de vaga e cometa a mesma infração, o veículo será novamente autuado e pode ser guinchado.
SUBPREFEITURA
Sobre o curso de manipulação de alimentos, a assessoria da Subprefeitura Mooca informou que se recorda de ter promovido o curso chamado “Sabor e Qualidade”, em parceria com o Sebrae, no ano de 2005.
O curso de capacitação atendeu quem possuía TPU e também àqueles que não possuíam a licença. A assessoria avisou que está recebendo solicitações de munícipes para que a subprefeitura volte a oferecer o curso de capacitação, no entanto, ainda não há data de início.
INCRÍVEL COMO QUE SÓ EM UMA PEQUENA MATÉRIA SE DESTRINCHA TANTOS PROBLEMAS EM MENOS DE 500 METROS NA ENTRADA DO BAIRRO QUE NÃO CONDIZ COM O RESTANTE DO BAIRRO ATÉ O LADO DO SHOPPING BOULEVARD É MOTIVO DE CONSTANTE RECLAMAÇÕES E MAIS BONITO QUE A TUIUTI DE CÁ ESSA PRAÇA É UM NOJO TODAS AS MANHÃS DA VERGONHA DE PASSAR NELA
APROVEITANDO A RUA APUCARANA TAMBÉM NÃO FICA MUITO ATRAZ FALTA ILUMINAÇÃO E AINDA ALGUM GENIO FEZ VALAS NA JÁ PEQUENA CALÇADA EM FRENTE AO PARQUE
Nossa morei alguns anos no Tatuapé e fico triste em saber da situação da praça sempre gostei muito do bairro e da praça espero que seja resolvido os problemas.