Moradores, proprietários de imóveis e comerciantes da Avenida Celso Garcia, na região do Tatuapé, esperam por uma definição da Prefeitura com relação às obras do corredor de ônibus e as desapropriações que provavelmente irão ocorrer em alguns trechos da via. Parte das pessoas que manifestou interesse por mais informações esteve no Conseg do Parque São Jorge em agosto de 2014 e, desde então, espera por dados concretos a respeito das modificações previstas para o local.
O OUTRO LADO
Há cerca de 15 dias a SPTrans (São Paulo Transporte) enviou a esta Gazeta algumas respostas sobre questionamentos encaminhados por pessoas interessadas na questão.
Sobre a definição dos locais de desapropriações, após a Prefeitura ter estabelecido o local para a construção do Terminal Concórdia, no Brás, a SPTrans apresentou a seguinte explicação: depois de debate entre vereadores, na Câmara Municipal, no primeiro semestre de 2014, foi aprovada a Lei de Melhoramentos Viários nº 16.020, que redefiniu o alinhamento viário para os corredores, entre eles, o Celso Garcia.
A assessoria relatou, ainda, que em conjunto foi debatida, votada e promulgada a revisão do Plano Diretor Estratégico, Lei nº 16.050. “Ambas as leis definem as áreas a serem afetadas pelos melhoramentos viários. O detalhamento destas áreas está em curso neste momento, com prioridade para corredores já em obras”.
LEVANTAMENTOS
Ainda dentro das dúvidas sobre as desapropriações, este semanário indagou a instituição com relação aos avisos de remoção. Quanto a isto, a empresa que gerencia o transporte divulgou que estão sendo feitos levantamentos dos elementos necessários à formulação do Decreto de Utilidade Pública – DUP. A fase seguinte será a avaliação de Desap (órgão responsável pelas desapropriações).
INFORMAÇÕES
No tocante a informações às pessoas que possivelmente estejam na lista de desapropriados, a SPTrans informou que estuda montar em 2015 uma equipe destinada a dar informações atualizadas das obras dos corredores para a comunidade envolvida. Hoje, as dúvidas poderão ser encaminhadas à SPTrans, por escrito, nos postos existentes nas subprefeituras ou através do site.
Esta Gazeta também questionou a empresa sobre concessão de licença ambiental para a liberação das obras. Neste caso, a SPTrans afirmou que já foi concedida a licença prévia. Para o início das construções, a empresa revelou que não há previsão de início das obras, tendo em vista que ainda não foi feita a licitação.
PREOCUPAÇÃO
Como o processo está em andamento, todos os envolvidos estão preocupados com o fato dos problemas que as desapropriações irão gerar. Seja por deixar um imóvel em que se vive há 40 anos ou mais, por não receber o valor de mercado no negócio ou até mesmo pelo fato de ter de procurar outro lugar para morar. Diante destes problemas, engenheiros da Subprefeitura Mooca colocaram-se à disposição para suprimir dúvidas possíveis sobre os corredores.
MORADORES TRISTES
A moradora da Penha, Marina Conceição Serrano Gabriel, afirmou que sua maior tristeza é ver o estado de abandono em que se encontra a Avenida Celso Garcia. Ela disse esperar que a Prefeitura dê uma boa melhorada na avenida, lembrando que será mais uma via para desafogar o trânsito da Radial Leste.
Iris Tobaruela salientou que há muitos anos ouve dizer que avenidas como Celso Garcia, Radial Leste e Conselheiro Carrão serão alargadas. A moradora também ressaltou que sempre se comenta sobre desapropriações, mas nada acontece. “Só para exemplificar, deixaram o Hospital Cristo Rei apodrecer e o Hospital do Tatuapé não comporta mais atender tanta gente”, destacou. Sua revolta também se relaciona ao fato do Tatuapé ser o bairro que mais se desenvolve na Zona Leste, porém não consegue ter sua própria subprefeitura. Sylvio Pompêo Filho, que viveu no Tatuapé, próximo à Celso Garcia, por 38 anos, afirmou esperar que os projetos saiam do papel, já que na avenida existem muitos salões e comércios fechados.
Primeiramente quero agradecer a Gazeta do Tatuapé pela oportunidade de comentar esse assunto.
O questionamento das melhorias da Av. Celso Garcia deve passar pelo crivo das prioridades. Assim, por início, uma prefeitura falida, sem recursos, com uma dívida em torno de 60 bilhões de reais e que mal dá conta de atender as necessidades básicas da população, saúde e educação, quer ousar obra de tal magnitude e por fim, esta obra que sonham seus propagadores não atingirá seu mais profundo objetivo que é melhorar o fluxo na mesma via. É uma questão técnica que como eng. civil e conhecedor de transportes que é cadeira inerente ao curso, não vou comentar por ser longo e esse não é meu objetivo aqui.
Na verdade esse é um projeto megalomaníaco absolutamente inviável, pois não foi aprovado pelo Tribunal de Contas do Município pois não mostra de onde virão os recursos financeiros para essa obra.
Alguns pontos ão de ser ressaltados que escapam a visão do cidadão comum. 1) Quanto vai ser gasto na relocação dos serviços públicos? Remanejar postes, galerias de águas das chuvas (pluviais), adutoras e rede de distribuição da Sabesp, rede de gás, rede aterrada da telefônica e outros mais. 2) Para onde vai todo esse entulho gerado por essas desapropriações? Tem licença ambiental para isso? Tenho muitas questões respeito mas essas duas já são o suficiente para começarem a pensar.
Essa loucura fantasiosa tem interesses escusos por trás.
E o que é mais importante na questão social, o incômodo que isso tem causado aos proprietários, inquilinos, moradores e comerciantes que vêem seu futuro ameaçado por transtornos nas suas vidas, como, mudança de local, para onde vão? E o pior, as indenizações, todos sabemos que o poder público não paga o que vale, prejuízo certo, associado ao lucro cessante. Hoje muita gente já tem sofrido as consequências dessa boataria leviana e maldosa onde deveriam respeitar as pessoas que fizeram da sua vida sim, dedicar-se a essa via. Falta de respeito com a vida das pessoas, falta de respeito com os sentimentos e valores arraigados, falta de respeito com a história dessa via.
Acrescentando que o tráfego na avenida é bom, somente lento nos horários de pico momento em que a Radial Leste e as marginais já estão há muito congestionadas.
Afirmo ainda que alargar a avenida Celso Garcia não vai resolver o problema de escoamento do tráfego.
Para terminar a solução será uma linha de metrô por baixo da avenida por vários motivos. Obra muito mais barata, aliviará em muito o tráfego de ônibus que é o grande responsável pelo transtorno, evitará em muito gastos com desapropriações e mais sendo paralela a linha Lesta do metrô servirá para aliviar a carga nessa existente e servirá de alternativa de fluxo em caso de ocorrência de paralisações como tem muitas vezes ocorrido.
O metrô é a solução mais viável nesse caso. Grato mais uma vez pela oportunidade.
Amigo Mario Branco
Metrô na Celso Garcia??? Para os próximos 30 anos, inviável, haja visto que há outros bairros que não há metrô que precisam ser beneficiados antes de se colocar metrô na Celso Garcia, haja visto que a região já é beneficiada com as linhas 3 Metrô, até 2020 linha 2 em Tiquatira, linha 11, 12 da CPTM e até 2025 linha 13 Jade até o Cambuci, portanto, o mais viável queira ou não é o corredor de ônibus Celso Garcia acontecer ou então que se construam uma linha de VLT no lugar do corredor assim como há na Europa, o único problema é que empresários de ônibus que exploram este eixo não ficarão muito felizes com uma proposta de VLT a não ser que eles operem a linha. Grande abraço