Depois da Copa do Mundo, a Arena Corinthians ainda não conseguiu liberar a ocupação completa do novo estádio aos seus torcedores. Essa fase de transição marca o fim do “padrão Fifa” e o início do “padrão Corinthians”.
A arena chegou a receber mais de 63 mil pessoas durante o Mundial, mas contava com as arquibancadas provisórias, não mais utilizadas em jogos do alvinegro paulista. Atualmente, a diretoria do Parque São Jorge tem colocado à venda apenas 40 mil ingressos, o que a casa em Itaquera comporta neste momento.
A meta, segundo Lucio Blanco, responsável pela operação do estádio, é de chegar a 48 mil lugares. “Temos colocado apenas 40 mil à venda. A parte superior ainda está dividida com a imprensa, o que diminui o número de lugares. Há também as placas de metais, que dividem os setores.
Elas acabam atrapalhando a visão em alguns locais, criam pontos cegos. No lugar desse material, vai ter um policarbonato, que vai permitir que os torcedores vejam o campo normalmente”, comentou.
SHOPPING LUCRA
Por conta desses improvisos e obras, o clube paulista apresenta cerca de 16% de sua capacidade total indisponível.
Enquanto isso, a diretoria corinthiana vê o excedente de demanda migrar para o vizinho Shopping Metrô Itaquera. O local, onde o trem e o metrô que dão acesso ao estádio desembocam, tem um aumento de 10% no fluxo de pessoas nos dias de jogos.
Entre os motivos que provocam a migração para o empreendimento, de acordo com os torcedores, são os serviços e a comida, ambos caros e ruins. Aparentemente, as reformas nos bares e restaurantes estão longe de serem concluídas.
O mesmo se repete com a loja oficial do clube. A arena terá uma “megastore” no setor Oeste, o mais nobre do estádio, e estandes espalhados nos outros setores. No entanto, até agora, teve apenas lojas improvisadas, pouco acessíveis ao grande público.
A rede de lojas do estádio é operada pelo mesmo dono da Poderoso Timão do Shopping Metrô Itaquera, que se tornou uma das unidades da franquia com maior faturamento desde a abertura do estádio.
A previsão, segundo o Corinthians, é de que o estádio seja concluído, com as lojas e o sistema de alimentação em pleno funcionamento, até o fim de novembro.