Antonio da Silveira e Oliveira nasceu na Rua do Passo, Salvador, próximo do Pelourinho, em 20 de junho de 1920. Eram seus pais: Joaquim Auto de Oliveira e d. Maria Laura de Oliveira. Órfão ainda jovem e estudante pobre, com enormes sacrifícios galgou as escadas do saber.
Ainda naquela cidade formou-se em contabilidade e medicina. Em 1951, resolveu tentar a sorte em São Paulo. Montou seu consultório na Vila Carrão, que na época pertencia ao Subdistrito do Tatuapé, começando nesse local a desenvolver seu trabalho. Como obstetra foi responsável por centenas e centenas de partos e acompanhamentos médicos a incontável número de mães paulistanas.
Entre suas várias atividades, exerceu durante 30 anos a de orador oficial do Centro Médico da Zona Leste, sediado nas dependências do Hospital Cristo Rei. Proferia suas palestras por ocasião de simpósios, congressos e almoços de confraternização. O Dr. Silveira foi médico voluntário da Associação Beneficente da Velhice Desamparada de Vila Manchester durante 40 anos. Programava seus sábados para dar atendimento aos pobres velhos e albergados da entidade, levando-lhes, ao mesmo tempo, um pouco de carinho e palavras de conforto.
Em sua residência, à Rua Dr. Raul da Rocha Medeiros, promovia grandes festas. A elas compareciam grandes personagens da política, empresários, jornalistas e membros do Lions Clube da região. Laudo Natel, Carvalho Pinto e Jânio Quadros normalmente marcavam sua presença. d. Nilta, Niltinha, sua esposa, empenhava-se para que esses eventos alcançassem o esperado sucesso.
Desenvolveu grande atividade política na região e Município, participando de inúmeros comícios em companhia do saudoso deputado Emílio Carlos. Convidado, diversas vezes, por seus companheiros, declinou de candidatar-se. Como também não aceitou o cargo de secretário de governo que lhe foi oferecido por Jânio Quadros.
Em vista de suas atividades comunitárias foi agraciado com o Título de Cidadão Paulistano outorgado pela Câmara munipal de São Paulo e com o Diploma de Comendador, este recebido de um ex-secretário do Vaticano. Foi presidente do Lions Clube de São Paulo – Seção Tatuapé, entidade da qual fez parte durante mais de 25 anos. Patrocinou a criação do Silveirinha F. C., excelente agremiação varzeana da 3ª Divisão, que conquistou memoráveis vitórias e diversos campeonatos.
Além de médico e lider comunitário, o Dr. Silveira demonstrou ser um excelente homem de letras. Escreveu os seguintes livros: Um Baiano em Nova Iorque, Viagem Fantástica ao Velho Mundo, Retalhos do Destino, Centelhas de Ilusões e Cascatas de Sonhos. Durante muitos anos escreveu crônicas para o jornal Gazeta do Tatuapé, tendo sido membro da União Brasileira de Escritores – UBE.
O Dr. Silveira foi casado com d. Nilta França de Oliveira, falecida em 1992. O casal teve três filhos: Tânia Maria, intelectual e espírita, casada com o Dr. Roberto Giorchino (ex-administrador da Regional Penha); Joaquim Auto de Oliveira Neto, empresário, casado com Rosângela Cesar de Oliveira, e Nilma Finholt, professora, casada com o empresário Paulo Finholt.
Antonio da Silveira e Oliveira, que se definia como baiano paulista, figura marcante e querida que tanto fez pela região, faleceu em 29 de outubro de 1999.
Quantas lembranças. Amigo e médico pessoal da minha família, temos muitas fotos e vídeos do grande Dr. Silveira em casa contemplando momentos maravilhosos. Nos almoços ele fazia discursos emocionantes. Um homem à frente do seu tempo. Nunca me esqueço uma vez, quando eu tinha 12 anos e estava com uma dor absurda no peito, minha mãe chamou ele, que veio na mesma hora em casa (ele considerava a minha mãe como filha). Com 3 pontadas na minha barriga a dor passou na hora. Mãos santas. Operou meu avô, meu pai. Salve Dr. Silveira!
Só esse dr, descobriu que meu filho tinha Coqueluche, doença que nenhum médico mais novo conseguia identificar, pois estava quase irradiada.
Meu sogro me indicou como Dr Baiano.
Ele receitou óleo de caracol que era feito no consultório mesmo.
Foi a salvação da vida de meu filho que tem hj 33 anos.
Só tenho agradecer.
quando criança, ouvia muito minha mãe falar da maneira que esse iluminado brasileiro tratava os suas pacientes.
Cuidou de mim e minha família em seu consultório, sem cobrar um centavo!! sempre carinhoso e atencioso! só tenho a agradecer a Deus, por ter colocado esse anjo, não somente em minha vida e sim na vida de centenas de pessoas!!sempre lembro desse anjo com carinho e comento a quem conheço sobre ele!! que Deus o tenha!