‘Dilma isenta de responsabilidade sobre Pasadena.’ A culpa e a responsabilidade repousaram, naturalmente, sobre 11 executivos, que tiveram seus bens bloqueados, em razão do prejuízo apurado de US$ 792 milhões.
Quem julgou foi o TCU. Sabem o que é o TCU? Tribunal de Contas da União; sem dúvida, é o mesmo que colocar a raposa para cuidar das galinhas, ou melhor, das uvas.
A decisão foi por unanimidade.
Muito embora seja o Conselho de Administração quem aprova as operações, foi ele julgado inocente; teria ele sido enganado pelos diretores, como José Sergio Gabrielle, que era o presidente da Petrobras na época.
No governo tudo é diferente. Em qualquer empresa o conselho de administração tem uma função muito mais importante do que a diretoria. O conselho é quem dita a política das empresas, é quem aprova investimentos, alterações das estruturas, vende ativos, elege a diretoria e destitui diretores.
A diretoria nas empresas é um órgão meramente executivo, cumpre as determinações do conselho e presta contas ao conselho que as aprova ou reprova, indicando aos acionistas, se devem aprovar ou não. É assim que as empresas são dirigidas e a Petrobras é uma empresa e, como tal, deveria ser dirigida dentro das regras que regem a vida das sociedades, afinal essa é a lei.
Mas, no Brasil e para o PT, a lei, ora a lei, para que a lei? Ela é feita para “eles”, para “nós” a lei é outra e se não for, nós fazemos ser.
Pois é, não deu outra, Dilma não tem qualquer responsabilidade sobre o prejuízo de US$ 792 milhões. Ela só era a presidente do conselho, a que realmente mandava e decidia. E se não era assim, por que era a presidente? Defendeu-se infantilmente dizendo que não sabia, como, aliás, defendeu-se o seu padrinho no caso do Mensalão. Nunca viu nada e nem sabia de nada.
Lançou toda a responsabilidade sobre os executivos, dizendo que não recebeu relatórios completos. Ora, se não estavam completos, se ela fosse realmente competente, deveria mandar completar, ou simplesmente não aprovar, até que as coisas estivessem claras. Assim agiria um administrador probo, sério, diligente, especialmente porque se estava tratando do dinheiro público.
Temos o menor PIB de todos os tempos, uma inflação que recrudesce e um grande índice de desemprego, mas para “eles” está tudo bem. “Vamos ganhar as eleições”: é só com isso que eles se preocupam.
Estão preparando muito bem o terreno: primeiro a lei que cria os conselhos sociais, para fazer governar o País, claro, formado só por petistas; depois, remodela o Supremo Tribunal Federal; o ministro da Justiça é o mais cotado para ocupar o cargo do Joaquim Barbosa, aí, está dominado; está tudo dominado.
Com maioria em todas as casas legislativas, já quem compra as coligações, com os tribunais dominados, não falta mais nada. É assumir definitivamente e bolivariar o País.
Só para disfarçar e colocar definitivamente panos quentes na situação, pelo menos até passar as eleições e a Dilma conseguir mais quatro anos, o TCU diz que agora abrirá uma Tomada de Contas Especial para seguir as investigações desse grande prejuízo do qual o conselho de administração não tem qualquer responsabilidade. Esse procedimento, é claro, não tem tempo definido, vai para as “Calandras Gregas” certamente, até que todos se esqueçam definitivamente do assunto.
De acordo com o presidente da corte, Augusto Nardes, essa investigação servirá para “aprofundar” o caso e chegar aos culpados pelo mau negócio. É mesmo uma piada de muito mau gosto, parece que ainda há dúvidas dos culpados.