Para enfrentar as diferentes formas de violência contra as mulheres, a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) desenvolve ações estratégicas em toda a rede de assistência e institui vários mecanismos de proteção e acolhimento, como os Núcleos de Prevenção à Violência (NPVs), a fim de garantir o acolhimento institucional e sigiloso, além do Programa de Acompanhamento Psicológico às Mulheres Vítimas de Violência Doméstica.
SISTEMA DE INFORMAÇÃO
Até a semana anterior foram notificados 22.022 casos de violência contra mulher na cidade, de acordo com o Sistema de Informação de Agravos e Notificação (Sinan), utilizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para o registro de notificações compulsórias. Em todo o ano de 2022, foram registrados 21.638 casos.
VULNERÁVEIS
Os NPVs foram instituídos para lidar com a questão da violência contra a mulher e os demais públicos vulneráveis, como crianças e idosos, em todas as unidades da rede municipal de saúde de São Paulo, incluindo as 470 Unidades Básicas de Saúde (UBSs). Compostos por equipes multidisciplinares, eles desenvolvem ações de prevenção, conscientização e acolhimento. Em casos envolvendo violência, a equipe do NPV é acionada para articular o cuidado de forma integral.
ACOMPANHAMENTO
Além disso, para implementar o Programa de Acompanhamento Psicológico às Mulheres Vítimas de Violência Doméstica, foram criadas as equipes especializadas em violência nas Supervisões Técnicas de Saúde (STSs). Essas equipes atuam em parceria com os NPVs, oferecendo atendimento psicossocial e terapêutico por meio de intervenções e estratégias individuais e em grupo, com o objetivo de promover o fortalecimento dos vínculos familiares e comunitários, além da potencialização da autonomia. Elas também apresentam às pessoas em situação de violência, informações a respeito dos recursos jurídicos e de proteção social para lidar com a situação.
ACOLHIMENTO
Nas UBSs, equipamentos que possuem vínculo mais estreito com as populações de seus territórios, os grupos voltados às mulheres muitas vezes também se tornam o espaço de acolhimento para pessoas que convivem com várias formas de violência, seja doméstica, sexual, assédio moral ou outras.