Como se diz, em alguns momentos, a Justiça do Brasil apoia o que pode parecer injusto. Sim, mas precisamos ver que são vários juízes e cada um tem direito a voto. No final, a maioria vence, independente do fator popular. Temos de ficar de orelha em pé para que a justiça não seja tendenciosa, porém justa e democrática, como deve ser. Ela não pode ter dois pesos e duas medidas seja qual for a situação. Na hora em que o credor queira receber e precise brigar com o mau pagador ou quando as ações envolvam malfeitores e corruptos. É inaceitável que exista algum tipo de favorecimento, já que a Justiça deve ser cega. Mesmo um juiz tendo sido indicado ao Supremo por alguém do governo, até mesmo pelo presidente, seus atos devem ser livres, sem nenhum tipo de atrelamento.
Desde o princípio, não só nós como todo meio jurídico entendemos ser um erro a nomeação do ministro José Antonio Dias Toffoli, pois era advogado de partidos e de sindicatos, além de não provar o notório saber jurídico, por jamais ter escrito uma linha do nosso conhecimento de que realmente conhece o Direito.
Sobre o Mensalão, ainda não se decidiu se vai participar do julgamento. É possível que se abstenha, pois, como advogado de partidos, pode estar impedido de atuar no processo. Agora, acaba de dar mais uma demonstração de que realmente está a favor de corruptos, safados e inomináveis políticos, que não servem para nada e deveriam ser banidos definitivamente do País.
Como voto de Minerva, desempatou no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), quando a votação estava 3 a 3, pela permissão a que os políticos que têm contas eleitorais sujas, possam candidatar-se nas eleições municipais deste ano. Essa decisão só beneficia 21 mil “manja e dorme” (come e dorme) da política nacional; mais “manja” (come) do que dorme, pois eles sabem fazer muito bem, não só comida, como muito dinheiro. Políticos que tiveram suas contas rejeitadas pela Justiça Eleitoral.
O veto aos chamados contas-sujas estava previsto em instrução baixada pelo próprio Tribunal em março passado. A norma impedia de concorrer ao pleito os candidatos que não conseguiram ter aprovadas, pela Justiça Eleitoral, as prestações de contas de campanhas anteriores.
Como não poderia deixar de ser, o PT pediu a reconsideração da instrução, no que foi acompanhado por 17 partidos. A votação estava 3 a 3, quando o Dias Toffoli, que além de integrar o TSE, é ministro do STF, pediu vistas e deu o voto decisivo.
Claro que os petistas sempre têm uma defesa; a decisão é boa para o regime democrático; uma norma eleitoral só pode valer para o ano seguido ao que é editada, logo, só deve prevalecer para as próximas eleições. Até lá eles encontrarão outra saída, outro ministro, ou outros ministros. Para eles: “Não se trata sempre de atos de corrupção; se trata de problemas, muitas vezes, de atos contábeis”.
A “cara de pau” é tão grande, que ainda hoje, eles desmentem o Mensalão. O próprio Dirceu entende que deveria haver uma comoção nacional com o povo na rua contra o julgamento, pois ele é inocente, assim como os demais 38 integrantes da quadrilha.
Com atitudes como esta, precisamos cada vez mais da Justiça em todos os seus graus, pois, em todas as esferas, temos de ter juízes que apostem na probidade, custe o que custar. Temos de fazer uma campanha para que a Justiça mantenha o seu valor por sua importância. Afinal, os juízes assumem seus postos, mas depois se aposentam. O nome da instituição fica. Apesar de, às vezes dar mostra, não podemos acreditar que o sistema judicial esteja falido.