A Praça Silvio Romero continua acolhendo moradores de rua. Na última quinta-feira, dia 25, foi possível verificar a presença de um homem numa cadeira de rodas e mais cinco pessoas dormindo no chão enroladas em cobertores. Pelo menos três delas estavam deitadas junto da estrutura do “Marco da Paz”, enquanto outra ficava próxima à entrada do salão de festas da igreja.
CARRINHO
Além dos sem-teto ficarem circulando pela área de descanso, todos os seus pertences também ficam espalhados pelos canteiros. Quando as peças não estão jogadas, uma das pessoas guardam os objetos em um carrinho de supermercado. A situação é crítica em alguns pontos, pois não há banheiros químicos ou locais para os moradores tomarem banho ou deixarem suas roupas.
ALBERGUES
Ao mesmo tempo, muitos deles não querem ser encaminhados para os albergues da Prefeitura por conta das regras que lhes serão impostas, como horário de café da manhã, almoço e janta; acomodações conjuntas e banho obrigatório, além da higiene pessoal, como cabelo e barba cortados.
DINHEIRO
A questão social tem refletido na diminuição da presença de moradores e visitantes na praça considerada um dos cartões postais do Tatuapé. Primeiro devido ao mau cheiro, segundo pelo uso constante de bebidas alcoólicas e terceiro pelo fato de alguns pedestres serem importunados com pedidos de alimentos ou dinheiro.
“MARCO DA PAZ”
Apesar desta questão, que envolve principalmente uma ação da Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (SMADS), a Silvio Romero deixou de receber a atenção merecida.
O espaço reservado ao “Marco da Paz”, pleiteado pela Distrital Tatuapé da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), é um exemplo de abandono.
SEM FLORES
Com três mastros enferrujados e sem as bandeiras do Brasil, do Tatuapé e da própria Associação, a estrutura lateral tem vasos de cimento sem flores e a placa de identificação foi retirada, sem ocorrer a reposição. Pela aparência atual, o “Marco” não recebe manutenção há pelo menos um ano, apesar de representar uma entidade de cunho empresarial.
LAMA NOS PÉS
No que diz respeito aos canteiros, a praça continua sem o serviço de paisagismo, fato que já gerou diversos alertas, de moradores e frequentadores do lugar. A própria Subprefeitura Mooca, dizendo-se interessada em resolver a questão se prontificou a tomar providências. No entanto, a situação permanece igual, como há dois anos, data da primeira reclamação. Um dos comentários feitos pelo morador Florindo Crucutu na época, remetia-se ao fato de que, quando chovia, toda a terra descia para o calçamento, obrigando as pessoas a desviarem da lama. Atualmente, os espaços ainda estão “pelados”.
NO ESCURO
Outra cobrança está relacionada à iluminação precária atrás da igreja, do lado da Rua Coelho Lisboa, e em frente ao ponto de ônibus, na Rua Padre Adelino, em frente ao número 57. O escuro favorece a prática de roubos de celulares e bolsas, além do uso de drogas em alguns momentos. A reclamação já foi entregue ao Ilume (Departamento de Iluminação Pública), mas não obteve atenção.