Na última segunda-feira, 16, o Conseg do Tatuapé reuniu-se mais uma vez para discutir questões relacionadas à segurança na região. Durante o encontro, o capitão Felipe Lima Simões, comandante da 1ª Cia. do 8º Batalhão da PM, alertou para uma investigação que está sendo feita pela Polícia Civil sobre a prisão de um suspeito de praticar estupros próximo à estação Tatuapé do Metrô.
MILITARES
Segundo ele, policiais de sua equipe tinham informações de um homem que costumava ficar nas imediações da estação e que, dependendo das características da vítima, ele a abordava e levava para um terreno existente junto da Avenida Salim Farah Maluf. Com alguns detalhes descritos por uma das mulheres, os PMs conseguiram encontrar o acusado e o encaminharam ao 30º DP – Tatuapé. Na delegacia, investigadores fizeram fotos do indiciado e enviaram para a vítima.
RECONHECIMENTO
De acordo com a delegada titular, Ana Lúcia de Souza, a mesma reconheceu o homem como suspeito. Agora, conforme a delegada, ele está sendo mantido preso para que outras mulheres possam reconhecê-lo, caso tenham sofrido algum tipo de abuso. Sobre o caso, Ana Lúcia fez questão de destacar um dos projetos mantidos pela Polícia Civil, chamado de “Phoenix”.
COMO FUNCIONA
O sistema desenvolvido na Itália funciona como um banco de dados que abriga os cadastros de todas as pessoas que já tiveram passagem por prisões do Estado. Quem cuida da manutenção e funcionamento do projeto é o Dipol (Departamento de Inteligência da Polícia Civil). A implantação do Phoenix facilitou o processo de reconhecimento dos autores de crimes por parte das vítimas. Com ele é possível procurar pela característica que quiser: altura, tipo físico, cor do olho, tipo de cabelo e o desenho da tatuagem, O sistema busca as pessoas que mais se aproximam das definições.
CUSTÓDIA
A delegada aproveitou para explicar que um dia após a prisão do suspeito reconhecido existe a audiência de custódia na qual o juiz irá analisar o tipo de crime. A partir daí será decidido se o indiciado pode aguardar em liberdade ou não. “Se o julgamento for para que o acusado continue preso ele irá aguardar mais quatro meses por uma nova decisão do juiz”, explicou Ana Lúcia. Por isso a titular frisou o quanto é importante a pessoa registrar o BO e fazer o reconhecimento do suspeito. “Dependendo da atitude da vítima, o acusado poderá ser condenado ou não”, completou.