Na última segunda-feira, 13, foi realizada, no Colégio São José do Maranhão, na Rua Arnaldo Cintra, 73, mais uma reunião do Conselho Comunitário de Segurança (Conseg) do Parque São Jorge, presidida por Rogério Martins, com a presença dos membros natos: capitão Vitor Rogério dos Santos Silva, comandante da 2ª Cia. do 51º BPM/M, e Iraci Medeiros Teixeira, delegada titular do 52º DP. Além deles, também participaram do encontro, Alice Maria Heleno, representante da Subprefeitura Mooca; Wudson Menezes, presidente da OAB Tatuapé; Maria Helena, delegada titular da 5ª Delegacia de Defesa da Mulher; e Eduardo Odloak, ex-subprefeito da Sub Mooca.
BASE RETIRADA
O assunto debatido durante a maior parte da reunião foi a retirada da base móvel do Largo do Maranhão, que havia sido instalada no local há menos de um mês. De acordo com o capitão Vitor, a coordenação de planejamento da PM decidiu transferir a base para a Rua São Jorge por conta da semana de Carnaval. O comandante da 2ª Cia. disse acreditar que o objetivo da polícia seja controlar a entrada e saída do público que irá frequentar os bailes do Sport Club Corinthians.
SEM CONFIANÇA
Para os moradores presentes, apesar da PM estar prometendo que a base voltará ao local no dia 22, a atitude preocupa pelo fato das pessoas terem perdido a confiança na segurança, promovida pelo equipamento. Wismar Rabelo relatou o fato de seu filho ter sido assaltado próximo à estação Tatuapé do Metrô e informou o capitão Vitor de que o problema ocorre com frequência nos fins de semana.
Vera Regina fez um apelo dramático ao comandante, pois há anos os moradores sofrem com os usuários de drogas. “Sem a PM não conseguimos sair de nossas casas para ir à padaria. Não conseguimos ficar conversando na rua com os vizinhos e muito menos ocupar os espaços públicos com nossos filhos e netos, como o Largo do Maranhão, por exemplo”, cobra a moradora.
PROJETO VETADO
O morador Orlando Laronga aproveitou a presença do ex-subprefeito da Mooca para lembrar que a luta pela construção da base fixa da PM no Largo do Maranhão começou há 15 anos, com ele, Antonio Credendio, o “Toninho da Farmácia” e um outro vizinho. “Nos reunimos várias vezes na igreja, discutimos o projeto, concluímos o mesmo e obtivemos a autorização e o local para erguer a base. A documentação seguiu para o comando da polícia, mas a construção foi vetada sob a alegação de falta de efetivo para atender ao equipamento”, conta.
Agora, os moradores estão na expectativa de ver se a base realmente retornará ao largo na próxima quarta-feira, 22. Enquanto isso, muitos disseram que vão preferir ficar dentro de suas casas, ao invés de sair e se arriscarem a serem assaltados.