Na semana passada, moradores de Itaquera entraram em contato com este semanário para saber se o Planetário do Carmo voltará a funcionar. “Um espaço tão bom como este fechado. Já pensou quantas pessoas poderiam estar aprendendo com as exibições?”, comentou o motorista Carlos Vasconcelos.
Para saber mais sobre o assunto, a reportagem voltou a conversar com a Secretaria do Verde e do Meio Ambiente, órgão da Prefeitura responsável pelas informações do espaço. A pasta, por meio de sua assessoria de imprensa, adiantou que o Planetário poderá voltar a receber visitas no segundo semestre deste ano, mas não indicou uma data.
Quanto à licitação para os reparos dos vazamentos que culminaram na interrupção do abastecimento de água no prédio, a informação foi que o processo encontra-se em elaboração.
Sem uma resposta conclusiva sobre a questão, os moradores não só da região, mas de toda a Zona Leste, continuam sem uma previsão para que as sessões voltem a acontecer.
PROCESSO
Em janeiro deste ano, esta Gazeta informou a seus leitores que o restauro do projetor do Planetário do Carmo, localizado na Rua John Speers, 137, Itaquera, havia sido concluído e que as exibições voltaram a acontecer só para alunos de escolas, mediante agendamento.
Um mês depois, em novo contato com a secretaria, a reportagem apurou que as exibições voltaram a ser suspensas porque o prédio estava com problemas no abastecimento de água.
“As atividades foram paralisadas em virtude de um vazamento de água na área externa na tubulação que liga a caixa d’água à edificação; uma vez que a falta de água no prédio (bebedouros, sanitários) inviabiliza o atendimento ao público. O problema já foi detectado e a Secretaria do Verde está adotando as providências para a contratação dos serviços necessários para solução do problema.”
PROBLEMAS PERSISTEM
Inaugurado em dezembro de 2005, problemas estruturais fizeram com que o Planetário do Carmo fechasse suas portas 11 meses após a sua abertura. Desde então, esta Gazeta acompanha o desenrolar do processo.
Na época da interdição, a Secretaria Municipal do Verde acionou a Telefônica (responsável pela doação da obra) que, como resposta, informou que havia contratado uma empresa de engenharia para estudar os problemas e propor as soluções técnicas. Só depois da conclusão destes documentos, Secretaria e Telefônica fariam, juntas, as reformas necessárias para reabertura do Planetário, que custou R$ 11 milhões.
2008
Em 2008, a reportagem voltou a entrar em contato com a Secretaria do Verde que, diante das análises realizadas pela Telefônica, informou que reuniões para discutir os laudos e contra-laudos iriam acontecer.
Sem uma resposta oficial por parte da Telefônica, a Prefeitura resolveu assumir a reforma do espaço e apresentar judicialmente os custos da obra à Telefônica para ressarcimento.
2009
Em abril de 2009, a Prefeitura deu início às obras que tinham por objetivo reparar o piso do calçamento, o traçado do estacionamento de veículos, todas as instalações e cabeamentos elétricos da edificação; o telhado das áreas periféricas e retirar as infiltrações da laje. O projeto incluiu ainda: intervenção na cúpula, recolocação das luminárias internas, tratamento acústico dos ambientes e recuperação do revestimento externo nos pontos danificados.
2010
Em 2010, na edição de 10 a 16 de janeiro, a Secretaria do Verde informou à redação desta Gazeta que as obras estavam finalizadas e que a mesma estava legalmente dentro do prazo de 90 dias para a sua entrega provisória. Além disso, por medida de segurança, o equipamento de projeção principal encontrava-se em testes e que o laudo técnico seria feito pela empresa alemã responsável, a Carl Zeiss.
2011
Durante este período, as informações davam conta de que os processos necessários para que o local voltasse a receber visitas estavam em andamento e caminhavam para um desfecho.
É uma vergonha demorarem tanto tempo para abrir um espaço que seria muito útil em Itaquera, temos que fazer algo para o Governo dar um jeito de uma vez por todas na situação