O Ministério Público determinou que a obra de interligação da Avenida Gualtar com a Avenida Aricanduva, no Jardim Santa Terezinha, seja retomada o quanto antes. Paralela à Avenida dos Latinos, a Avenida Gualtar, antes da construção do CEU Aricanduva, era a principal alternativa aos motoristas do Jardim Santa Terezinha e também do Parque Savoy, do Jardim Marília, do Jardim Brasília, de Itaquera e bairros adjacentes, para seguir na direção da Marginal Tietê ou de São Mateus. Com a Avenida Gualtar bloqueada pelo equipamento da Secretaria Municipal da Cultura, só restou aos condutores transitar pela Avenida dos Latinos.
De acordo com a Sociedade Amigos do Jardim Santa Terezinha, responsável pelo processo de retomada e por compilar um abaixo-assinado com quatro mil assinaturas, a Prefeitura simplesmente desrespeitou o projeto original da avenida. Quando a então prefeita Marta Suplicy decidiu construir o CEU no local, a via de ligação com a Avenida Aricanduva já existia. Sendo assim, os prédios do equipamento ficariam separados pela avenida, porém a Prefeitura ergueria uma passarela que atenderia os alunos, professores, funcionários e visitantes do Centro Educacional Unificado.
A presidente da Sociedade Amigos, Irene Floripes de Souza, afirmou, como representante dos moradores, que a determinação da sentença ocorreu há mais de um ano, mas a Prefeitura vinha entrando com recurso desde 2014. “Agora estamos tranquilos, à espera de que a decisão da Justiça seja cumprida. O MP deu ganho de causa aos moradores após ver que o projeto original havia sido desrespeitado. Ou seja, o plano não estabelecia área de estacionamento para professores e muito menos grades e portões junto à Avenida Gualtar”, explicou.
Para Irene, as pessoas se sentiram enganadas, pois na época, em 2004, a Prefeitura colocou tapumes em volta do terreno, contudo pometeu não interromper o trajeto da avenida. “Nós confiamos na palavra dos engenheiros e ficamos com um grande problema nas mãos, pois outros governos se sucederam e nada foi feito”, ressaltou a moradora que está na região há mais de 40 anos. Agora, continuou ela, “com o apoio de todos os envolvidos, inclusive de empresários, esperamos que o projeto volte à análise ainda este ano”, concluiu.
OUTROS MORADORES
O comerciante José Emídio, que mora na região há 45 anos, afirmou que o fechamento da Avenida Gualtar tornou o lugar mais perigoso, principalmente na Avenida Olga Fadel Abarca, responsável pela ligação entre a Avenida Gualtar e a Avenida dos Latinos. “Como não há movimento de pessoas, furtam carros e rodas. Além disso, moradores que tentam usar um atalho existente na lateral do CEU também são assaltados”, avisou Emídio. Conforme ele, o prolongamento da avenida daria tranquilidade aos vizinhos e para residentes de bairros próximos, pois os mesmos não ficariam presos em congestionamentos.
O mecânico Walter Correia relatou que a Prefeitura chegou a oferecer uma alternativa ao trânsito, que era a de continuar a avenida em um terreno localizado entre o Shopping Aricanduva e a Biblioteca Pública Milton dos Santos. A ideia iria desafogar a Avenida dos Latinos e não alteraria o projeto CEU. No entanto, o plano não caminhou e os motoristas continuam sofrendo com o trânsito principalmente às sextas e na segunda-feira pela manhã. No período do Natal, que se aproxima, a Avenida Aricanduva trava, com os consumidores querendo chegar ao shopping, e gera reflexos nas avenidas dos Latinos e Gualtar.
Boa Tarde!
Ao ler essa matéria fiquei indignado!
Sou morador da avenida Gualtar, próximo ao CEU Aricanduva e portanto tenho propriedade em afirmar que muitas inverdades foram ditas nessa matéria. Vocês deveriam ser mais criteriosos na escolha dos entrevistados pois ouviram uma pessoa que não representa a maioria dos moradores nem o pensamento dos mesmos…
Se tivessem entrevistado outros moradores ou pessoas que circulam no entorno desse espaço educacional, descobririam e se convenceriam do absurdo que é abrir uma avenida no meio de uma ESCOLA com uma imensa circulação de crianças e adolescentes.
Já imaginaram o risco que elas correriam?
Sem contar que o intenso movimento de veículos, alguns pesados, que passariam pelo local poderiam causar ainda mais danos a estrutura do já combalido CEU Aricanduva.
Haveria, além de atropelamentos o risco de desmoronamento e a iminência de uma tragédia anunciada em que as vítimas com toda certeza seriam os alunos!
Vocês querem isso?
E quem irá responder por essas prováveis vidas perdidas?
Mas, não estou apenas para criticar, apesar de tamanha insanidade, realmente precisamos de uma alternativa para o transito local, sem que seja a abertura de uma rua que passe por dentro de uma escola, pois existem outras alternativas, e muita mais viável para solucionar tal problema.
Sugiro que façam um trabalho jornalístico completo e conversem com mais pessoas e assim descobrirão as reais demandas dos moradores e as alternativas viáveis para elas.
Sr. José Lopez…. Responder com propriedade? O senhor quem inverte a historia afirmando “Uma avenida dentro do Ceu” Se fosse um morador participativo ou “antigo” saberia MUITO BEM que jogaram o Ceu em cima de uma avenida o projeto original do centro educacional ja previa a avenida Gualtar com a escola protegida e fechada por gradil e a ligação dos prédios por uma passarela coberta e bem planejada, muito melhor do que é hoje. Atropelamentos e transito pesado?? Pelo amor, o centro educacional foi feito nas margens da AVENIDA ARICANDUVA, com o transito 4 vezes maior do que a do bairro. Não foi a maioria dos moradores? De onde saiu as assinaturas do abaixo assinado? As reuniões, o senhor não participou de nenhuma? E diga-se de passagens foram VARIAS. Ou o senhor é novo no bairro ou é professor querendo garantir a vaga do carro no estacionamento ali criado. Sem contar as invasões de usuários de drogas, os furtos aos carros ali estacionado e até a ingressão de pessoas estranhas na parte interna do centro educacional, pois os portões laterais da “avenida” ficam abertos o dia inteiro.