Quem vai à feira livre aos domingos em São Miguel Paulista se depara com um comércio inusitado. É que dentro dessa feira, tem a chamada “Feira do Rolo” – a subfeira do local.
Nesta feira é possível encontrar de tudo, desde réplicas de armas de fogo, até animais silvestres, que são vendidos sem a menor cerimônia.
VARIADOS
Aparentemente, a feira livre de São Miguel parece ser só mais um comércio comum. Entretanto, é só caminhar um pouco para descobrir as suas peculiaridades com relação às outras feiras.
Pneus, volantes, aparelhos de som para carros, peças de moto, computadores e celulares são alguns dos produtos comercializados no “rolo”. Tartarugas e iguanas silvestres são vendidas em baldes pelos comerciantes a R$ 80,00. Eles aconselham os compradores a levá-las no bolso, pois segundo eles “são tão resistentes que um caminhão pode passar em cima que não amassa”.
As réplicas de armas de fogo são vendidas a R$ 60,00 e podem ser adquiridas, inclusive, com mais um acessório, como o “silenciador”, por exemplo.
Vale ressaltar que a procedência dos produtos é incerta, e claro, não há garantia de nada.
SEM FISCALIZAÇÃO
A feira livre de São Miguel é autorizada pela Prefeitura e tem cerca de 1 quilômetro de extensão. Ela também fica a aproximadamente 600 metros de distância da Companhia da Polícia Militar da região. Todavia, eles parecem não se importar em fazer a fiscalização do comércio.
CRIMES
A venda de réplicas de armas de fogo configura em crime. Segundo o Estatuto do desarmamento no seu artigo 26 dispõe que “são vedadas a fabricação, a venda, a comercialização e a importação de brinquedos, réplicas e simulacros de armas de fogo, que com estas se possam confundir”.
Assim como a comercialização de animais silvestres, que só pode ser feita por criadouros com autorização do Ibama.
DE QUEM É A CULPA?
A Polícia Militar diz que a fiscalização de comércio ambulante é responsabilidade da Prefeitura, e que por meio da “Operação Delegada” auxilia no combate ao comércio irregular.
A Secretaria de Coordenação das Subprefeituras informou que aproximadamente 2.500 comerciantes estão autorizados a vender mercadorias na cidade, e que será programada uma ação de fiscalização com outros órgãos, como Polícia Militar e Guarda Civil Metropolitana, para verificar a regularidade das atividades na feira de São Miguel Paulista.
O Ibama informou que já realizou fiscalizações nesta feira e que trabalha em conjunto com a Polícia Militar Ambiental e com a Polícia Civil.