O projeto do túnel que integra as obras do corredor de ônibus Radial Leste 1, com 12 km e R$ 455 milhões de investimentos, foi apresentado no dia 17 de outubro pelo prefeito Fernando Haddad.
Exclusivo para os ônibus, o trecho terá cerca de 800 metros que seguirão do Terminal Parque Dom Pedro e passarão pelo Viaduto Antonio Nakashima em direção à Avenida Alcântara Machado, mais conhecida como Radial Leste.
As primeiras intervenções para o início das escavações já começaram e a obra em si deve ter início dentro de 10 a 15 dias, na região da Avenida do Estado.
O traçado seguirá próximo à estação Dom Pedro II do Metrô, que pertence à Linha-3 Vermelha, e utilizará o caminho da plataforma subterrânea em desuso da Companhia do Metropolitano. Serão duas faixas de rolamento em dois sentidos, mais uma de segurança.
O Corredor Radial Leste 1 contará com piso rígido, cobrança de tarifa desembarcada e faixa de ultrapassagem nas 13 paradas em sua extensão, que terão ligação com o sistema ferroviário. Pelas projeções que estão sendo feitas, o projeto deverá beneficiar 220 mil pessoas por dia.
DESAPROPRIAÇÕES
Para a sua realização, algumas desapropriações serão necessárias para a construção das estações e também dos trechos para ultrapassagem. Com o intuito de informar o munícipe que mora ou tem comércio ao longo da via, a SPObras disponibilizou uma central de atendimento que funciona de terça a quinta, na Praça do Patriarca, 96, das 13h30 às 16h30. É preciso levar o IPTU. As informações serão passadas apenas aos proprietários e locatários, devidamente identificados.
OBRAS INSERIDAS
O pacote de obras contempla ainda a construção do novo Terminal Itaquera, com área de 40 mil m2, e a requalificação e modernização do terminal atual, as paradas com Tarifa Desembarcada (corredores Radial Leste 1 e 2); a construção do túnel na região do Parque Dom Pedro; e a construção de quatro novos viadutos.
Com 12 km o Corredor Radial Leste 1 seguirá do Terminal Parque Dom Pedro II até a Rua Joaquim Marra, após a estação Vila Matilde do Metrô.
Na região do Metrô Penha há indicação de construção de um viaduto exclusivo para os ônibus. Depois, o Corredor Radial Leste 2, com 5 km, continua até a Praça Emilia de Freitas, próximo à estação Corinthians-Itaquera do Metrô.
O Corredor Leste Aricanduva, com 14 km, parte da Avenida Radial Leste até a ligação com a Avenida Ragueb Chohfi. Na altura da Avenida Itaquera, consta a construção de um viaduto para a passagem em ambos os sentidos da via.
E, por fim, o Corredor Leste Itaquera, com 14 km, compreende o trecho da Avenida Itaquera, partindo do Terminal Carrão, continua pela Avenida Líder e volta para a Avenida Itaquera até a estação de Transferência da Avenida Jacu-Pêssego.
“O nosso objetivo é trazer pelas avenidas Radial Leste, Itaquera, Cidade Líder e Aricanduva as pessoas diretamente para o centro em uma velocidade ainda maior do que a atingida pelas faixas exclusivas, que ajudaram. Mas é preciso entrar em uma nova etapa, que são os BRTs”, disse Haddad.
COMPENSAÇÃO
Canteiros e espaços verdes também serão utilizados para a construção dos corredores. Levantamento apontou a existência de cerca de 1.600 árvores isoladas ao longo dos caminhos e que o projeto deverá priorizar a preservação e o transplante, ao invés do corte das espécies.
Para amenizar o impacto ambiental estão programadas ações de plantio compensatório ao longo dos novos corredores e nos bairros do entorno, assim como compensação específica para as áreas que serão utilizadas e que fazem parte do Parque Linear Aricanduva – Corredor Radial Leste 1; e do Parque Linear Rio Verde – Corredor Leste Itaquera.
Engraçado os paulistanos reclamam do trânsito e da precariedade do transporte público. Então quando aparece alguém que tenta resolver (ou minimizá-los), os próprios cidadãos que reclamam do trânsito, ficam revoltados e contrários as soluções apresentadas. Assim fica difícil mudar a nossa cidade. Temos que deixar de sermos egoístas. Para que o trânsito da nossa cidade seja mais humano, infelizmente as desapropriações são inevitáveis. Lamentavelmente gestões anteriores deixaram de realizá-las, quando teoricamente seriam menores as desapropriações e certamente menos onerosas aos cofres públicos. Talvez prefeitos e principalmente os vereadores nunca tiveram interesse em aprovar tais obras, por temerem perder votos em seus redutos eleitorais. Isso sim é que é egoísmo. Deixar milhões de pessoas, com a saúde debilitada, seja por problemas com a pressão arterial, ou do sistema respiratório e etc, causados principalmente pela emissão de poluentes, em detrimento de interesses pessoais. Vivemos em uma sociedade e devemos sempre buscar o bem comum e principalmente o interesse da maioria e não da minoria. A constituição garante a desapropriação, desde que a obra seja de interesse coletivo. E neste caso é latente o interesse de milhões de cidadãos que passam todos os dias horas neste trânsito desumano. Pessoas serão atingidas, infelizmente, mas será em pró da grande maioria.
Abraços.
LEITOR DEFENDE TODAS
Criticar está proibido. Quer dizer até pode porém, é perda de tempo fazer isso pois o EDVALDO rebate tudo de imediatamente. E o mais incrível é que essa presença fenomenal do EDVALDO está em todos os lugares, ou seja, em todos os sites, onde houver crítica aos gestores da prefeitura, lá está ele, o EDVALDO, de plantão para defender. É muita eficiência, não!