Por Pedro Abarca
É com imenso pesar que esta Gazeta comunica o falecimento do colunista Alfredo Luiz, aos 91 anos. O infausto acontecimento se deu no último dia 17 de junho, deixando um imenso vazio e uma enorme saudade não só aos seus inúmeros amigos, mas principalmente à sua esposa Arinda de Sá Luiz, com quem esteve casado por 66 anos; aos filhos, Marlene de Sá Nogueira e José Luiz; à nora Vera Lucia, aos quatro netos, dois bisnetos e dois tataranetos.
Alfredo Luiz, que tinha como uma de suas paixões escrever a coluna Sociedades em Destaque, foi velado no mesmo dia de seu falecimento no Cemitério da Quarta Parada e sepultado no Cemitério da Vila Alpina. A missa de Sétimo Dia será rezada sábado, dia 23 de junho, às 15 horas, na Igreja São João Batista, no Tatuapé.
INFÂNCIA E JUVENTUDE
Esta é uma singela homenagem a Alfredo Luiz, uma das pessoas que mais fizeram pelo Tatuapé, e, mais importante, sem com isso auferir vantagens. Alfredo nasceu no município de Tabapuã em 7 de novembro de 1921. Poucos meses após, sua família veio para o bairro do Pari, em São Paulo, e em 1925 para a Chácara Santo Antonio.
Alfredo teve uma infância feliz: correu pelas ruas de terra batida, caçou passarinhos, soltou balões nas festas juninas e nadou nas águas límpidas do Rio Tietê. Nos domingos à tarde, ele e outros garotos assistiam às sessões dos cines Califórnia ou São Luiz. Como tantos jovens da época, praticou futebol de várzea vestindo a camisa do AAR Califórnia.
Em 1954, após trabalhar em diversas empresas, foi admitido na Rede Ferroviária Federal. Nessa empresa conseguiu as seis mil assinaturas necessárias para a fundação da Associação dos Funcionários da Rede Ferroviária Federal, da qual foi vice-presidente por duas gestões.
ATIVIDADES SOCIAIS E FILANTRÓPICAS
Foram importantes suas atividades nos campos social e filantrópico. Foi presidente da Sociedade Amigos de Vila Califórnia. Foi fundador e presidente por três gestões da Sociedade Amigos da Chácara Santo Antonio. Nela desenvolveu inúmeras atividades: o teatro amador (sábados à noite), o programa infantil com a participação do radialista Rubens Cruz (domingos pela manhã) e os shows com o conjunto musical Azes do Samba.
Em suas gestões, deu início às campanhas de Natal, chegando a amparar com alimentos e agasalhos mais de 400 famílias e distribuir brinquedos para as suas crianças. De 1990 para cá, participou do Conselho Comunitário de São Paulo, da Sociedade Amigos do Tatuapé e da Sociedade Amigos da Biblioteca Cassiano Ricardo, da qual por duas vezes foi seu vice-presidente.
A COLUNA SOCIEDADES EM DESTAQUE
É importante enfatizar sua colaboração à Gazeta do Tatuapé, redigindo e publicando semanalmente os textos de Sociedades em Destaque. Nessa coluna, Alfredo sempre divulgou e enalteceu o trabalho das pessoas e entidades que trabalharam em prol do progresso da Região Leste e do Tatuapé, em particular.
Deus pede para mais um anjo voltar ao seu lar.
Um ser humano que fez historia em nosso bairro.
Amigo do meu pai Oscar Moya Prado e Tataravo do meu filho que o mesmo nao deu tempo de conhecer.
Deixou saudades!