O comandante da 1ª Cia. do 8º Batalhão da PM, capitão Felipe Lima Simões, e a delegada titular do 30º DP, Ana Lúcia de Souza, vêm divulgando números positivos sobre a criminalidade no Tatuapé, apesar de admitirem a ocorrência de casos pontuais, como a morte do cabeleireiro há aproximadamente dez dias. A manutenção dos índices estabilizados, de certa forma, contribui para o avanço de projetos como o “Vizinhança Solidária” que, segundo a própria polícia, tem o objetivo de unir a comunidade ao serviço de segurança pública.
INFORMAÇÃO
As polícias Militar e Civil têm utilizado como trunfo a informação. Para isso, tanto o capitão quanto a delegada solicitam, continuamente, que as pessoas não tenham medo de registrar o boletim de ocorrência, ligar para os números 190 ou 181, ou irem direto à delegacia e à Companhia da PM. Inclusive em reuniões do Conseg, policiais têm disponibilizado telefones diretos para facilitar a comunicação.
AGREGAR
E quando o assunto está relacionado a troca de informações, o “Vizinhança Solidária” usa a tecnologia para favorecer a integração entre moradores de uma rua, de um bairro ou de condomínios existentes num mesmo endereço.
Conforme o projeto, a polícia tem como ação principal agregar os vizinhos, principalmente aqueles que não se conhecem, que não sabem os nomes, telefones e horários de circulação de quem mora ao lado, no mesmo condomínio ou rua.
BRAÚNA
Até o ano passado, a PM já havia conseguido envolver os moradores do entorno da Praça Braúna (Manoel Borges de Souza Nunes), da Rua Bom Sucesso e de outras três vias. Na Rua Cândido Lacerda, são nove condomínios engajados no processo, o que já iniciou o processo de diminuição do índice de furtos e roubos de veículos.
PLACA
Os interessados que quiserem participar devem procurar a base da Praça Silvio Romero. Após o contato, será marcada uma reunião com os moradores da rua para explicar como funciona o programa e entregar um material informativo. A PM irá cadastrar nome, RG, CPF, telefone da casa e celular dos moradores. A partir do momento do acordo, com a aceitação do “Vizinhança Solidária” elas recebem uma placa que ficará presa na fachada do imóvel ou condomínio, sem nenhum custo.
REUNIÕES
Com isso, a rua entra no programa de prioridade de patrulhamento, que consiste no fato das viaturas terem a via dentro do roteiro de policiamento ostensivo. A PM também nomeia um dos residentes como tutor, ou seja, o responsável por manter a polícia informada, chamar os vizinhos para as reuniões e pedir ajuda quando for necessário. Todas as demandas, antes de serem atendidas, passam antes pela observação e anuência do capitão Lima.
PRÉDIOS
No caso dos prédios, os síndicos são os tutores e há o cadastro de zeladores, porteiros e agentes de segurança, se porventura os edifícios tiverem o serviço. A polícia também registra os telefones de todos os condomínios para dar continuidade na implantação do projeto.