O fato de que “Vingadores – Guerra Infinita” consiga movimentar as emoções de tantas pessoas ao mesmo tempo e ao redor do mundo e conjugar as expectativas dos fãs é um dos melhores indicativos do tamanho que o fenômeno cultural gerado pelo Universo Marvel atingiu. E o novo filme do estúdio, que promete apresentar um inédito auge para a constelação de obras da subsidiária da Disney, não decepcionou jornalistas que tiveram a chance de ouro de conferir o resultado final da aventura.
Além de exaltarem a comédia do longa dos irmãos Joe e Anthony Russo – registrada através das inusitadas duplas formadas pela união de super-heróis – boa parte dos críticos também destacou com entusiasmo o escopo da ação de Vingadores 3. É como “Capitão América: Guerra Civil vezes 20”, apontou um dos jornalistas, citando a “Batalha do Aeroporto” como uma cena cujo tom e qualidade precedem as impressionantes sequências dramáticas e de combate de Guerra Infinita.
Outros, no entanto, também indicaram que a duração de Guerra Infinita – aproximadamente 2h30 – é mais do que teria sido suficiente para narrar o embate dos Vingadores contra Thanos (Josh Brolin). Desse modo, ao mesmo tempo em que teceram elogios à obra dos Irmãos Russo, alguns críticos também indicaram que a extensão do longa produz um efeito um tanto quanto confuso de empolgação e exaustão.
THANOS
O vilão Thanos, que será vivido por Josh Brolin, é um mistério. Mesmo que tenham sido mostradas imagens e várias cenas, o personagem ainda é uma incógnita dentro da trama em si. Por outro lado, está claro que ele é o protagonista e o motor de Guerra Infinita. De acordo com o roteirista Steve McFeely, “o filme é do Thanos e é isso que diferencia ele de todos os outros longas da Marvel. Ele não é um vilão comum, é um filme que mostra o propósito e o que ele quer. Não é só jogado lá. Em muitos aspectos, essa é a história de Thanos”.
OUTROS HERÓIS
McFeely afirmou, ainda que, além de ter o foco em Thanos, seus companheiros de roteiro têm sim uma preocupação maior com Capitão América e Homem de Ferro. “Durante os dois filmes damos foco a muitos personagens e esperamos que a maior parte dos fãs consiga ver um bom momento deles. No entanto, Capitão e Tony são ainda os principais alicerces desse tabuleiro que estamos apresentando”, disse. A decisão é lógica e compreensível, tendo em vista os 10 anos de história construídos até aqui. Por outro lado, é preciso lidar com os novos fenômenos que surgiram, como por exemplo, os Guardiões da Galáxia. O problema é dar espaço para todos, não decepcionar quem gosta de um ou outro e ao mesmo tempo todo mundo se sentir representado.
Uma coisa é certa, mesmo depois de Guerra Infinita parece que vem muita coisa boa por aí. A primeira certeza é que Pantera Negra deverá ganhar seu segundo filme. Outra novidade está no fato de alguns produtores e roteristas já estarem interessados em outros heróis da Marvel. Enquanto isso não acontece, resta correr para o cinema.