Um dos temas mais discutidos nas reuniões do Conseg Parque São Jorge, a Comunidade Esmaga Sapo, localizada na Vila Luiza, nas ruas Santo Antonio do Pinhal e Alfredo de Franco, ainda é responsável por diversos problemas na região. Os moradores do entorno, por exemplo, não conseguem circular com seus veículos por conta do número de carros abandonados e dos móveis e utensílios deixados na frente dos barracos. Quando estão a pé, a questão é a falta de segurança, pois as pessoas são abordadas por usuários de drogas que pedem dinheiro ou furtam celulares, bolsas e carteiras.
A impossibilidade de transitar pelas ruas também afeta as empresas locais. Uma delas, de comércio de papeis e aparas, não consegue completar com maior rapidez a logística de seus caminhões, já que a passagem pela Santo Antonio do Pinhal fica interrompida em determinados momentos. Consequentemente, quem reside nas ruas paralelas, como a Rua Tiquia e a Dr. Ismael Dias, é obrigado a conviver com a circulação de caminhões de dez a 30 toneladas, estremecendo o piso e comprometendo a estrutura das casas. Sem contar o risco de atropelamentos, por se tratar de uma via estritamente residencial.
“Moradores querem empenho da Prefeitura”
Empresários e moradores estão se sentindo ameaçados e afirmam esperar que a Prefeitura Regional Mooca, em conjunto com a PM, secretarias municipais de Habitação e de Assistência Social e Desenvolvimento, além da GCM, possa acelerar o processo de recuperação e revitalização da área ocupada. Duas das pessoas presentes ao Conseg, mas que preferiram não se identificar, afirmaram terem sido ameaçadas de morte por homens que cuidam de parte do comércio de drogas no bairro. “Fui abordado por dois suspeitos armados e depois julgado por um terceiro, pelo celular. Dependendo de sua decisão, eu seria liberado ou morreria ali mesmo.”
Segundo Eduardo Rossini, da Prefeitura Regional Mooca, o órgão está fazendo tudo o que é possível com relação a limpeza e zeladoria do local. Porém, para ele a solução só se dará com a participação de todas as pastas envolvidas. “Na Rua Santo Antonio do Pinhal, por exemplo, retiramos grandes quantidades de lixo, entulho e até carcaças de carros todas as semanas”, esclareceu. Já o capitão Edson Serra, comandante da 2ª Cia. do 51º Batalhão da PM, revelou que coordena ações constantes nas proximidades, inclusive para liberar o trânsito de veículos e pedestres nas calçadas.
O OUTRO LADO
A Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social informou que orientadores sociais oferecem rotineiramente os serviços de acolhimento institucional para os moradores da Comunidade Esmaga Sapo, mas os mesmos não aceitam. Todas as pessoas são informadas sobre o importante cadastramento que deve ser realizado no Centro de Referência de Assistência Social (Cras) para que as famílias tenham acesso a benefícios sociais.
O problema de lixo e carcaça de carros abandonados continua nass ruas Santo Antonio do Pinhal e Alfredo de Franco. Na verdade a quantidade de carros e lixo tem aumentado. A prefeitura precisa fazer algo. Estamos a mercê de bandidos.