Moradores do Parque São Jorge estão reclamando das péssimas condições do Viaduto Antônio Abdo (antigo Conselheiro Carrão), principalmente nas juntas de dilatação das pistas sentido centro. A vice-presidente do Conseg da região, Cristiane Casseb, já tinha alertado para algumas crateras que haviam deixado as ferragens do equipamento à mostra. Ela também reclamou de infiltrações e ferrugens em alguns pontos. Cristiane disse, também, que técnicos da empresa Construmat, contratada pela Prefeitura, estiveram no local, no ano passado, para averiguar a situação do viaduto. Entretanto, até agora não foi apresentado um plano de reforma.
AVARIAS EM VEÍCULOS
A mesma crítica é feita pelo morador Ricardo Bertolazi. Segundo ele, por passar pelo equipamento todos os dias, seu carro começou a apresentar vários problemas mecânicos. Bertolazi ainda reclamou do serviço de atendimento 156, pois, além de não dar o suporte ao morador, quer obrigar a responder uma pesquisa.
SITUAÇÃO É PREOCUPANTE
Em pelo menos dois pontos do viaduto a situação é preocupante. Com o desgaste do concreto que cobria os ferros da laje, alguns veículos estão tendo os pneus cortados, em decorrência do desnível. Outro problema está relacionado aos motoristas que tentam desviar dos buracos de forma repentina e aumentam o risco de acidentes.
OBRA ANTERIOR
Em janeiro de 2008, a Prefeitura investiu R$ 8,4 milhões em obras de reforma do viaduto Antônio Abdo. De acordo com a administração, na época, a iniciativa visava beneficiar o tráfego no local, que chegava a 1.700 veículos por hora no horário de pico, e a circulação da população da região, com uma nova passarela.
INTERDIÇÃO DE PISTA
Na primeira etapa da obra, a pista no sentido Penha foi interditada para as obras de recuperação estrutural, que foram concluídas em julho de 2006. Foi realizada a remoção do pavimento; troca das juntas de dilatação e dos aparelhos de apoio (peças instaladas entre o pilar e a laje do viaduto, responsáveis pela segurança estrutural do equipamento); troca e instalação de cabos de sustentação internos; e ampliação da quantidade de ferragem dos pilares e pistas, aumentando o volume de carga que o viaduto sustenta. Com a recuperação, o viaduto passou a obedecer aos padrões da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e, conforme a Secretaria de Infraestrutura Urbana e Obras, ganharia mais 40 anos de vida útil.
NOVA PASSARELA
A segunda etapa da reforma tratou das obras de revitalização e execução da nova passarela, com a interdição do outro sentido da pista. As intervenções serviram para reconstruir e elevar a passarela, que estava 1,5 metro abaixo da pista do viaduto, e foram instaladas proteções aos pedestres na passarela.