O governo de São Paulo prorrogou a Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite até o fim deste mês, para os 645 municípios. Ademais, o público-alvo são as crianças de 1 a 4 anos. Já as menores de 1 ano, será avaliada a situação vacinal, iniciando ou completando a caderneta de acordo com a idade. Assim, as Unidades Básicas de Saúde (UBS) de todo o estado estão abertas para imunizar os pequenos contra a paralisia infantil.
POLIOVIRUS
A poliomielite, doença infectocontagiosa aguda, é caracterizada pela contaminação pelo poliovírus que pode causar paralisia muscular dos membros inferiores, de forma assimétrica e irreversível, em casos graves podendo evoluir a óbito, sendo a vacinação a principal forma de prevenção.
PRORROGAÇÃO
Nesse ínterim, foram aplicadas, no estado, 185.247 doses até o dia 12 de junho, de acordo com dados da Secretaria Estadual da Saúde (SES). Aliás, com a prorrogação da campanha, o objetivo é que a cobertura vacinal seja ampliada. “Além disso, essa continuidade é de extrema importância para incentivar que mais pais e responsáveis levem as crianças para se vacinar. Desse modo, reforçando a imunização e seguindo o calendário vacinal, evitamos a reintrodução de doenças erradicadas no País, como a poliomielite”, afirma a diretora do Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE) da SES, Tatiana Lang.
MUDANÇA DE ESQUEMA
Da mesma forma, a campanha faz parte do processo de mudança do esquema vacinal das crianças, que se deve às conquistas obtidas no processo de interrupção do poliovírus no Brasil. A pólio selvagem está eliminada no Brasil desde 1989 e em São Paulo desde 1988. Ademais, o ato fez com que o país recebesse a certificação de área livre da doença em 1994.
MANUTENÇÃO DE INDICADORES
“Sobretudo porque desde a erradicação da doença, os órgãos de saúde vêm se empenhando para a manutenção dos indicadores. Certamente por quererem a vigilância ativa para busca de casos de paralisia flácida aguda para que o Brasil se mantenha livre da doença. Nesse sentido, é necessário também que os pais contribuam para manter esse quadro e elevar as coberturas vacinais”, alerta a especialista.
SINTOMAS
A maioria das pessoas infectadas não manifesta sintomas ou apresenta poucos sintomas, similares a outras doenças virais, como: febre, mal-estar, dor de cabeça, dor de garganta e no corpo, náuseas e vômitos, constipação, espasmos, rigidez na nuca e meningite. Nas formas mais graves instala-se a flacidez muscular, que afeta, em regra, um dos membros inferiores.