No ano de 2016, o campus da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), na Avenida Jacu-Pêssego, começou a deixar de ser um projeto para se tornar realidade. A reportagem da Gazeta da Zona Leste entrou em contato com a assessoria de imprensa da instituição para saber como está o processo para a efetivação total do campus.
De acordo com as informações, os projetos de infraestrutura do Campus Zona Leste da Unifesp continuam em fase conclusiva dos projetos executivos e dos licenciamentos. A previsão de conclusão é até o final deste ano. “Foram pactuados com o MEC R$ 75 milhões para as obras, mas foram repassados, até o momento, apenas os recursos para o projeto executivo. Não há previsão de continuidade de repasse dos recursos pelo MEC”, apontou a resposta encaminhada.
CURSOS
No ano de 2014, foram pactuados cinco cursos de graduação com o MEC. Eles não foram abertos, até o momento, por falta de repasse de vagas de professores e de técnicos para o campus. A Unifesp recebeu 15 vagas de docentes. A pactuação previa 159 docentes e 184 técnicos. “A Unifesp segue cobrando a liberação desses recursos e dessas vagas para a implementação do campus e, consequentemente, do Instituto das Cidades”, relatou a assessoria.
Até o momento foram realizadas as seguintes atividades, cursos e projetos de extensão: Cursos de Verão – desenvolvidos pelo Núcleo de Formação Sociocultural na Zona Leste e realizados entre janeiro e fevereiro de 2017, com Oficina de Audiovisual/Cinema, Cenotécnica, Criação e Introdução à Dramaturgia “Literatura em Ação”, Figurino, Iluminação Cênica, Mapeamento Social, Uma Cartografia Sensível, Aproximação com o Universo Museal, Oficina de Sonoplastia e O Teatro e o Corpo.
Além deles, o Curso Conflitos Urbanos e Direito à Cidade; e os Projetos Ativos Escola de Cidadania Zona Leste, Observatório de Políticas Públicas, Centro de Memória da Zona Leste, Núcleo de Formação Sócio Cultural e Cursinho Popular “Baobá”.
CONSTITUIÇÃO
Para a instalação da Unifesp a Prefeitura cedeu um terreno de 173 mil metros quadrados, que foi desapropriado com investimentos de R$ 64 milhões. A primeira etapa de funcionamento do campus seguiu com a abertura do Centro de Cultura e Extensão, que oferece cursos do projeto Núcleo de Formação Sociocultural do Ministério da Cultura. O espaço aberto para esta finalidade tem 800 metros quadrados e conta com três salas de aula, um laboratório de informática, salas de exposições e de reunião.
O campus ainda segue em instalação no terreno da antiga Fábrica Gazarra. As primeiras salas abertas homenageiam o operário metalúrgico Waldemar Rossi, fundador da Pastoral Operária, a ativista por moradia, Zorilda Maria dos Santos, da Associação dos Moradores da Ponte Rasa, e o operário metalúrgico eletricista Orisson Saraiva de Castro, fundador do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo, em 1959.
A universidade planeja instalar o Instituto das Cidades, que reunirá atividades de ensino, pesquisa e extensão relacionadas a questões urbanas. Estão previstas ainda a construção de cinco blocos para aulas, parque, clube e moradia estudantil, além de uma creche ou pré-escola da Prefeitura.