Sr. redator:
“Nós, brasileiros, somos um povo engraçado… E isso não é para ser legal não.
Deve ser por isso que um de nossos políticos mais votados na história é um palhaço, que em sua trajetória artística em nada foi engraçado, mas despejamos mais de um milhão e trezentos mil votos nele em 2010. Como se não bastasse, o mesmo foi reeleito com outros mais de milhão de votos em 2014. Mesmo assim, ele ainda ‘não sabe’ o que um deputado federal faz. Quem sabe na próxima reeleição ele tenha aprendido.
Aí nosso governo não repassa as verbas para os estudantes do programa ‘Ciência sem Fronteiras’ e a entidade ‘gringa’, que administra e repassa estes recursos para os jovens brasileiros, sugere de forma oficial, através de correspondência enviada aos beneficiados, a mais antiga e máxima brasileira, para eles darem um ‘jeitinho brasileiro’ para se sustentar no exterior.
O dinheiro para o programa do Fies, que auxilia os estudantes universitários a pagar a faculdade dentro do País também minguou e a solução foi burocratizar o site e a liberação da verba.
No Paraná o governo manda ‘baixar o porrete’ nos professores que estão se manifestando por melhores condições de trabalho. Policiais que se recusaram a bater nos docentes foram presos.
No Rio de Janeiro, o reitor de uma universidade, na qual os funcionários da limpeza e manutenção estão em greve, sugeriu aos alunos que fizessem um mutirão de limpeza. O ambulatório de odontologia da universidade está fechado por falta de condições de higiene. Os elevadores estão parados por falta de manutenção.
Em São Paulo, o governo simplesmente ignora a epidemia de dengue, assim como fez e faz com o racionamento de água e com a greve dos professores. Para o Estado, professor é folgado e quer aumento todo o ano.
O Ministério Público fez ‘festa’ para comemorar a devolução de uma ‘fortuna’, algo em torno de R$ 157 milhões, conseguidos através de delação premiada. O corrupto articulou, organizou, desviou, gastou, cuspiu e riu na cara do povo. Depois disso, ainda recebe um prémio. Faça-me o favor…
Nosso País é maravilhoso, mas o problema vai muito além de PT, PSDB ou qualquer outro P que possamos conhecer. O problema é de falta de educação mesmo e não temos grandes perspectivas de melhora.
Veja a incoerência: um profissional precisa de pelo menos 16 anos de estudos dedicados para se tornar um engenheiro, médico, advogado, administrador, professor, contador, musico, entre outras profissões. Enquanto isso, para um político basta saber escrever e ler o próprio nome.
E não estou dizendo que uma pessoa analfabeta seja mal educada ou incapaz de mudar o mundo. Porém, sabemos que estes casos são raros.
Precisamos acabar urgentemente com o favorecimento, com o ‘jeitinho brasileiro’, o trabalho feito nas ‘coxas’, o pagar por ‘carne de primeira’ e receber ‘carne de segunda ou terceira’. É preciso ter compromisso com a verdade, honestidade, integridade, ética, respeito ao próximo.”
Marco Polo Pinheiro
