Novos empreendimentos residencias têm sido lançados no Tatuapé e, com cada unidade, pelo menos duas novas vagas de garagem. Isso quer dizer que são milhares de motoristas a mais em cada quadra onde existe um conjunto de torres de apartamentos. Essa realidade mostra, todos os dias, a quem tenta dirigir pelo bairro, que as condições de locomoção estão cada vez mais complicadas. Alguns moradores chegaram a readotar suas bicicletas, mesmo sabendo dos riscos de acidentes e atropelamentos.
Esse cenário mostra o quanto se tornará difícil a vida do motorista na região, caso a Companhia de Engenharia de Tráfego não tome providências urgentes relativas a novos projetos. É simplesmente impossível circular em horário de pico sem que o condutor do veículo leve, ao menos, 30 minutos para percorrer dois quilômetros. A paciência precisa ser redobrada, pois, ao mesmo tempo que o trânsito está parado, moradores querem entrar e sair de seus condomínios.
A realidade atual do trânsito no Tatuapé, independente dos horários, está bem perto do “caos”. As longas filas de carros percorrem, por exemplo, ruas como Antonio de Barros, Itapura, Apucarana, Cantagalo, Monte Serrat, Azevedo Soares, Francisco Marengo, Emília Marengo, Serra de Botucatu, entre outras que cortam o bairro.
Na região transitam motos, carros, ônibus e caminhões em diversos sentidos. Além do grande volume de veículos, a maioria das vias tem mão dupla, sendo que outras são estreitas. Os índices de acidentes sem vítimas sobem ou se mantêm estáveis nas ocorrências.
Com esse intenso movimento, todos os dias, o bairro discute há anos, por meio de associações de moradores e entidades comunitárias, outras possibilidades de desafogar o trânsito. Uma delas, que até hoje não saiu do papel, e é defendida pela própria CET, é a implementação do sistema binário nas ruas. Nesse caso, elas se tornam mão única em sentidos opostos e elevam a fluidez. No entanto, há anos o estudo permanece em análise.