Sr. redator:
“Trabalho no ponto de táxi do Carrefour Anália Franco. Para um cidadão, no município de São Paulo, exercer a profissão de taxista, ele precisa preencher vários requisitos que visam sempre a segurança do passageiro.
Você precisa estar devidamente habilitado e deve constar na CNH que você exerce atividade remunerada. Também é necessário um documento chamado Condutax, no qual é exigido um curso preparatório depois de uma avaliação. A SPTrans, que representa os interesses do munícipe, ainda pede uma certidão negativa cível e criminal, para só depois disso te entregar o Condutax. Esse documento tem a mesma validade da CNH, portanto deve sempre ser renovado. Qualquer problema nessas certidões ou até mesmo no Detran, impossibilita a renovação do Condutax.
O mais importante, o alvará de estacionamento não é vendido. Ele só pode ser transferido por um outro taxista. Esse documento é o mais difícil de ser conquistado.
Só nesses itens você pode verificar que o taxista não pode ter uma má conduta qualquer.
Nós precisamos ter uma conduta digna e cuidar muito bem dela.
Agora, o carro: não pode ter mais que 10 anos e todo ano é feita uma vistoria pra verificar o estado de conservação do veículo. Existe fiscalização diária da SPTrans e o táxi deve ser obrigatoriamente branco. O veículo deve estar sempre limpo por dentro e por fora. O guia de ruas que é levado pelo taxista deve ter no máximo 3 anos de uso. Além disso, há uma vistoria anual do taxímetro feita pelo Ipem. Sem falar nos inúmeros itens que a portaria 070 exige.
Como você pode ver, não é nada simples exercer a profissão de taxista aqui em São Paulo. Todos esses processos custam muito tempo, onde deixamos de trabalhar, e muito dinheiro gasto em taxas de vistoria, taxas na Prefeitura e certidões.
Não é justo uma classe ser extremamente exigida quanto a sua conduta e permitir que outras pessoas exerçam a mesma atividade sem regulação alguma. Tendo em vista que os motoristas dessa loja do Carrefour transportam os mesmos passageiros que nós levávamos, exatamente nos mesmos moldes. A única diferença é o valor, porque eles ainda não usam taxímetro e ficam livres para cobrar o quanto quiserem.
Como a qualidade do serviço deles é inferior a que nós prestávamos, vide carros antigos, de qualquer cor, de qualquer município, isso tem gerado inúmeras reclamações dos passageiros.
Lembrando que, transporte remunerado de passageiros, até onde eu sei, é atividade de táxi, como de carga é um frete. Portanto, não sei onde eles se encaixam a não ser na classe de transporte clandestino de passageiros.”
Vagner Cardozo Dias
Carrefour responde
Sr. redator: “Em resposta ao sr. Vagner Cardozo Dias, o Carrefour esclarece que sua unidade Anália Franco não mantém parceria com empresas de táxi ou companhias que ofereçam transporte aos clientes, que têm total autonomia para utilizarem os serviços que considerarem mais adequados, de acordo com sua necessidade de locomoção. Como forma de oferecer uma comodidade aos consumidores, a loja conta com o serviço de entrega em domicílio, que realiza a entrega das compras dos clientes no prazo de até um dia útil no endereço indicado, após pagamento de taxa.”
Assessoria de imprensa
