Conservada pela empresa Diálogo Engenharia, a Praça Karnick Avedis Nahas, no Tatuapé, está entre as mais preservadas da região, mas, ao mesmo tempo, é uma das menos visitadas por não ter atrativos. Com alguns bancos de cimento e áreas gramadas, o espaço não recebeu brinquedos ou algum tipo de equipamento voltado para os idosos. Na maior parte do dia ela é utilizada por estudantes (no período de aulas) e por donos de cães que os levam para fazer coco e xixi na praça. Geralmente, à noite e nos fins de semana ela fica fechada, pois possui grades e um portão.
PRAÇA “ESCONDIDA”
Situação mais complicada ocorre com uma praça localizada na Rua Aguapeí, altura no número 452, ao lado de prédios residenciais e de um terreno pertencente à Secretaria Estadual da Fazenda. Ela está cercada por muros e quem passa pelo local não nota a existência de alamedas, diversas árvores e um local bem conservado. Subutilizado como espaço público, o terreno espera por uma definição da Prefeitura para servir aos moradores. Para alguns vizinhos, de condomínios próximos, caso o lugar seja adotado pela Secretaria do Verde e do Meio Ambiente, as pessoas terão uma nova área para caminhar e respirar ar puro.
AINDA SEM NOME
No entanto, segundo alguns moradores do condomínio existente ao redor da praça, ainda sem denominação, antes da abertura do espaço verde, a Prefeitura precisará pensar na segurança de quem possivelmente visitará o local e também na dos condôminos. O lugar precisa de iluminação adequada, mais bancos e mesinhas. Além disso, um dos muros da área de lazer está voltado para uma das piscinas do conjunto de prédios.
ESPAÇO POLÊMICO
E as polêmicas relacionadas a praças no Tatuapé não são tão recentes. Em março de 2009, por exemplo, a Praça Helio de Oliveira, localizada junto à Rua Lopes Moreira, foi palco de protesto. Isso porque a rua era particular até então, porém, uma ação de moradores, na Justiça, pedindo a liberação da praça, resultou na retirada dos portões existentes na entrada da via. O caso ganhou mais repercussão porque, com a chegada de um oficial de justiça, acompanhado de policiais militares, duas mulheres se acorrentaram aos portões para impedir a remoção dos mesmos.
TRAFICANTES
Na época, um dos moradores, que tem residência no local há 40 anos, disse que tudo o que eles sofriam antes da instalação dos portões iria voltar. Segundo ele, a reabertura do espaço permitiria a entrada de drogados, ladrões, traficantes e prostitutas como acontecia.
Os portões da Rua Lopes Moreira foram instalados em março de 2002, pelos próprios moradores, com base na lei municipal de número 13.209, de novembro de 2001, que dispõe sobre a dispensa de processos administrativos junto às regionais para o fechamento de vilas e ruas residenciais sem saída. Na época, foi a solução encontrada pelos moradores para garantir a sua segurança.
No entanto, no final de 2008, o Ministério Público (MP) recebeu uma representação contestando a legalidade do portão. Já em janeiro de 2009, o órgão enviou ofício à Subprefeitura Aricanduva ordenando a retirada da estrutura.
Fui lá conferir, consegui entrar na praça pois o portão estava aberto, tinham 3 pessoas lá dentro, 02 eram de uma empresa terceirizada que estavam fazendo a manutenção de limpeza. o outro era “supervisor” desses dois, os equipamentos elétricos estavam ligados no condomínio de prédios.
O supervisor tentou me expulsar de la, me ofendeu, começou a ligar nao sei para quem, falando que eu era uma “desocupada”, ai eu falei que aquele terreno não era particular e sim, publico, que eu tinha o direito de estar lá, ele falou, “pq vc não pega uma praça e fecha ela pra vc tb?!” em tom de ironia.
Achei aquilo um absurdo e até fiz um vídeo, depois irei postar na comunidade, abs.