Na última segunda-feira, 12, o Conseg do Parque São Jorge realizou mais uma reunião, que contou com a presença de representantes das polícias Civil e Militar, da Guarda Civil Metropolitana e da Subprefeitura Mooca. Durante o encontro, os moradores pediram a presença da ronda da Polícia Militar em ruas como a Dona Ana Franco, Santa Virgínia, Doutor Ângelo Vita, Tuiuti (entre a Av. Celso Garcia e a Rua Melo Peixoto) e Professor Luciano Maia, esquina com Serra Morena.
FURTO DE CARROS
Nas três primeiras ruas os problemas são idênticos: roubos e furtos de carros, a moradores e pedestres. Uma das pessoas, que não quis se identificar, disse que na Ana Franco os ladrões agem durante o dia e à noite. Segundo ela, geralmente eles aproveitam os momentos de descuido das vítimas: quando está saindo ou entrando na garagem da casa, indo para a universidade ou Metrô. Nesses momentos ocorrem as abordagens e as pessoas não conseguem ter reação. Outro morador revelou que a presença de “flanelinhas” nas ruas também aflige os motoristas, principalmente porque alguns exigem dinheiro.
PROSTITUIÇÃO
Na Tuiuti, além da presença de camelôs nas calçadas, os moradores disseram que houve um aumento na abertura de casas de prostituição. Inclusive, conforme eles, não há pudor dos locais ao anunciarem seus serviços. O pai de um aluno do Colégio Espírito Santo afirmou que as mulheres abrem as janelas e deixam os seios à mostra na direção das salas de aula. Sem contar o assédio aos jovens, praticado na própria calçada em determinados horários.
DROGADOS
A Prof. Luciano Maia sofre com um problema que aflige aos moradores de quase todas as vias do Tatuapé: o usuário de drogas. Conforme o reclamante, que quis ter a identidade preservada, ele não consegue abrir a janela de seu quarto de tão forte que é o cheiro de maconha. Vivendo na mesma casa há 50 anos, o morador solicitou a presença da PM no endereço mesmo em passagens esporádicas para verificar a falta de respeito com as pessoas.
“SAIDINHAS”
De acordo com o delegado do policiamento judiciário do 52º DP, Eduardo Eugenio Salaroli Kosovicz, uma das equipes da delegacia conseguiu esclarecer 12 casos de roubos e solicitar duas prisões preventivas relacionadas a ataques conhecidos como “saidinhas” de banco. Segundo ele, existe o trabalho de investigação, no entanto, é difícil estar em todos os lugares, principalmente se não houver denúncias e registros de boletins de ocorrência. No caso dos “flanelinhas”, o delegado explicou que eles precisam estar cadastrados na delegacia. Caso não estejam, os moradores devem denunciar.
SEM VÍTIMA
Para o tenente Guion, comandante interino da 2ª Cia. do 51º BPM/M, o trabalho preventivo da PM vem sendo realizado na região, inclusive com prisões em flagrante por roubo a mão armada e furto de fios. “O problema é que, no segundo caso, por exemplo, não há a vítima, pois a Telefônica não encaminha representante para registrar o BO. Com isso, não ocorre a prisão”, explicou.
CRÍTICAS
Sobre a intensificação do policiamento, Guion afirmou que a ação tem como base os índices de criminalidade. E neste ponto, completou, a região em questão tem indicadores baixos. De acordo com o tenente, para que ocorra a presença de mais policiais nas ruas são necessárias informações como placas de motos e de carros suspeitos, além das características destas pessoas. O comandante interino também criticou a postura de alguns motoristas que deixam seus carros na rua, ao lado da estação do Metrô, e vão para o trabalho. “Para o ladrão, que fica o dia inteiro observando, basta verificar o momento no qual o dono do carro passou a catraca para voltar e agir”, esclareceu Guion.
DINÂMICA
A propósito da base comunitária, que estava no Largo do Maranhão, o tenente revelou que, para a dinâmica da criminalidade no bairro, o serviço não é eficaz, pois só pode operar com três ou quatro policiais, no mínimo. “Ao invés de ocuparmos esses profissionais na base, colocamos eles nas rondas motorizadas”, explanou.